Storytelling com dados: transforme números em narrativas impactantes

Storytelling com dados: transforme números em narrativas impactantes

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Popular há algum tempo, o storytelling com dados ganhou novo impulso com o acesso ampliado à Inteligência Artificial. Tanto que é uma das frentes pelas quais as organizações líderes estão reestruturando processos para capturar valor da IA Generativa, segundo a McKinsey

Agora, do que se trata mesmo?

Neste texto, você vai entender o que é storytelling com dados. Continue lendo para saber em detalhes:

  • como aplicar storytelling com dados em iniciativas de Comunicação e Relações Públicas (RP);
  • quais benefícios o storytelling com dados oferece para essas áreas e para os negócios;
  • quais são os elementos-chave do storytelling com dados;
  • qual o passo a passo para fazer storytelling com dados;
  • e muito mais!

O que é storytelling com dados?

Storytelling com dados é a prática de traduzir informações complexas em narrativas claras, combinando visualizações eficazes e contexto estratégico. Transforma dados em mensagens compreensíveis, acionáveis e relevantes para a tomada de decisão. 

Também chamado de data storytelling ou storytelling baseado em dados, ele vai além da estética dos gráficos. A partir dele, é possível transformar estatísticas, indicadores e métricas em histórias de fácil compreensão e, sobretudo, assimilação. 

Agora, atenção: não se deve confundir storytelling com dados meramente com “uma técnica para relatórios”.

Estamos falando de uma ferramenta poderosa também para:

  • engajar stakeholders;
  • mostrar o valor do diálogo embasado em métricas e indicadores;
  • dar visibilidade às conquistas de Comunicação e RP;
  • estabelecer diferencial competitivo frente às investidas comunicacionais da concorrência;
  • entre outras frentes.

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Por que aplicar storytelling com dados em RP e Comunicação?

Nos últimos anos, o storytelling com dados tem se mostrado uma habilidade fundamental em áreas como Comunicação e RP. Afinal, com o avanço da análise de dados, comunicar bem deixou de ser só uma questão de linguagem. Passou a ser também uma questão de evidência. 

Isso significa que, ao praticar o storytelling com dados, os profissionais desses departamentos lidam com o desafio de transformar dados brutos em argumentos. Eles conseguem formatar mensagens para diversas finalidades de forma consistente, compreensível e alinhada às estratégias organizacionais.

Basicamente, partem do entendimento de que gráficos soltos e planilhas extensas não dizem nada sozinhos. É preciso trabalhar bem o contexto; transformar estatísticas e outras variáveis e formatos de dados em histórias relevantes.

Por exemplo, ao estruturar um relatório de reputação, analisar o desempenho de campanhas ou apresentar resultados para o board. 

Todas essas são frentes nas quais comunicadores e analistas de RP devem dominar a narrativa por trás dos dados. 

Isso, invariavelmente, inclui selecionar os indicadores mais relevantes, construir a lógica da apresentação e reforçar o que precisa ser lembrado. Ou seja, o exercício vai além de descrever o que aconteceu. 

No storytelling com dados, mostra-se por que aconteceu e o que deve ser feito a partir disso. E, nesse processo, os dados são ativos estratégicos para posicionamento institucional, gestão de imagem, gestão de crises, engajamento com públicos diversos e o que mais for necessário comunicar.

→ Dê o play neste vídeo e entenda a importância do desenvolvimento da cultura data driven em Comunicação:

Quais são os princípios do storytelling com dados?

A depender do ponto de vista, são muitos os princípios do storytelling baseado em dados. Contudo, a maioria dos estudiosos do tema convergem para o que foi proposto por Cole Nussbaumer Knaflic. 

Autora de "Storytelling com Dados: um Guia Sobre Visualização de Dados Para Profissionais de Negócios", ela sinaliza três os pilares fundamentais: contexto, visualização e design.

Confira, a seguir, o detalhamento de cada um deles. 

1. Contexto

Ponto de partida para toda a estrutura narrativa com dados, é a compreensão do público-alvo, do cenário da apresentação e das decisões que precisam ser tomadas. 

→ Basicamente, o contexto se dá a partir da resposta a perguntas como: 

  • Para quem é essa informação?
  • Qual é o objetivo da comunicação?
  • Quais dados são relevantes?

2. Escolha adequada da visualização

Trata-se de selecionar o gráfico ou recurso visual que melhor comunica o insight.

A autora destaca que gráficos devem ser escolhidos com base no tipo de dado, relação entre variáveis e objetivo comunicacional. E que as visualizações devem ser simples, limpas e com ênfase nos dados mais relevantes, evitando distrações.

3. Design intencional

Refere-se ao uso consciente de elementos como cor, posição, hierarquia visual, espaçamento e texto.

Para Knaflic, cada decisão de design deve ter propósito: destacar o que importa e guiar o olhar do público. Ela também afirma que o design não deve chamar atenção para si, mas sim para a mensagem que os dados comunicam.

3 pilares do Data Storytelling, segundo Cole Nussbaumer Knaflic

Contexto

Entenda o público, o objetivo da análise e quais dados são realmente relevantes.

Visualização certa

Escolha o tipo de gráfico que melhor representa a informação que precisa ser destacada.

Design intencional

Use cores, formas e hierarquia visual para guiar o olhar e reforçar a mensagem.

[Passo a passo] Como fazer storytelling com dados?

Agora que você já entendeu o conceito de storytelling com dados e por que ele é importante, vamos a como aplicá-lo.

Para tal, vamos pensar em uma apresentação para um grupo de executivos C-Level.

Veja, a seguir, um passo a passo básico.

Passo 1: Defina o objetivo da sua história e conheça o público-alvo

Antes de mergulhar nos dados, estabeleça claramente o propósito da sua narrativa. 

Pergunte-se: 

  • Qual mensagem principal desejo transmitir? 
  • Desejo informar, persuadir ou inspirar minha audiência? 

Ter um objetivo claro guiará todas as decisões subsequentes, desde a seleção dos dados até a escolha das visualizações apropriadas.

Quanto a compreender quem é sua audiência, isso é fundamental. 

Considere o nível de familiaridade do público-alvo com o tema, suas necessidades e expectativas. Isso permitirá adaptar a linguagem, o nível de detalhe e o formato da apresentação para garantir que a mensagem seja relevante e compreensível.

Passo 2: Selecione e analise os dados relevantes

Identifique quais dados são mais pertinentes para sustentar sua mensagem. Esse exercício passa por evitar sobrecarregar sua história com informações desnecessárias. 

Concentre-se em dados que realmente agreguem valor e que estejam alinhados ao objetivo definido. Para tal, realize análises que ajudem a extrair insights significativos – eles servirão de base para sua narrativa.

Passo 3: Estruture a narrativa com início, meio e fim

Organize sua história de forma lógica e envolvente:

  • Início: apresentação do contexto e do problema a ser abordado.
  • Meio: desenvolvimento da análise dos dados, destacando os insights mais relevantes.
  • Fim: conclusão com as implicações dos insights e, se aplicável, proposição de ações/recomendações.

Essa estrutura ajuda a manter a atenção da audiência e facilita a compreensão da mensagem.

Passo 4: Escolha visualizações eficazes

Selecione gráficos e visualizações que melhor representem os dados e reforcem sua mensagem. Dentro disso, utilize cores, formas e tamanhos de maneira estratégica para destacar as informações mais importantes.

E, muito importante: evite elementos visuais desnecessários que possam distrair ou confundir a audiência.

Passo 5: Simplifique e refine a apresentação

Revise sua apresentação para eliminar qualquer elemento que não contribua diretamente para a compreensão da mensagem. A simplicidade é chave para garantir que a audiência absorva os insights sem esforço. 

Certifique-se de que cada slide ou seção da apresentação tenha um propósito claro e esteja alinhado ao objetivo da história.

Passo 6: Apresente com clareza e confiança

Ao apresentar sua história, comunique-se de forma clara e confiante. 

Utilize uma linguagem acessível e evite jargões técnicos desnecessários. Além disso, prepare-se para responder a perguntas e fornecer esclarecimentos adicionais.

Passo 7: Encerre com um chamado à ação

Finalize sua apresentação indicando claramente quais ações ou decisões devem ser tomadas com base nos insights apresentados. 

Um chamado à ação eficaz transforma a compreensão em movimento, incentivando a audiência a agir conforme os dados indicam.

Praticar storytelling com dados é contar histórias fornecendo contexto e clareza

Entre os principais benefícios dessa prática nos negócios, destacam-se: alcance do público e transmissão facilitada de ideias e mensagens-chave. Além disso, garantia de memorização das informações.

Quando Comunicacao e Relacoes Publicas assumem o storytelling baseado em dados, toda a companhia é positivamente impactada. Isso porque as narrativas com evidência ganham a simpatia do público interno ao mesmo tempo em que melhoram o diálogo com o mercado.

Que tal, nós ampliamos suas perspectivas sobre o storytelling com dados?  


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