Ponto comercial: 10 formas estratégicas para escolher o local

Ponto comercial: 10 formas estratégicas para escolher o local

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Como escolher ponto comercial é uma pergunta muito importante para as companhias em projeto de expansão. Afinal, essa escolha pode ajudar no crescimento das lojas. Em contrapartida, quando feita sem planejamento, atrapalha o sucesso das vendas.

Um estabelecimento bem localizado atrai mais clientes. Por isso, é preciso avaliar o local de maneira estratégica, considerando fatores como acessibilidade, concorrência e o perfil do público da região.

Se você também quer saber o que deve analisar para escolher um ponto comercial ideal para o seu negócio, siga a leitura deste artigo. 

Aqui, vamos te mostrar:

 

O que é ponto comercial e qual a sua importância?

Um ponto comercial é o local físico onde a empresa desempenha suas atividades comerciais: loja, guichê, quiosque, e assim por diante. Ele é mais do que a localização de um estabelecimento; tem a ver com o reconhecimento do público.

É no ponto comercial que os clientes têm acesso ao que a companhia vende. Isto é, trata-se do espaço para onde os shoppers se dirigem para adquirir o que precisam.

Por isso, saber como escolher ponto comercial é tão importante. Ele é um dos principais elementos que ajudam a construir a imagem da sua empresa no mercado.

Além disso, um bom ponto comercial pode fazer com que a companhia se torne referência. Isso em termos de localização e, paralelamente, produtos ou serviços oferecidos.

Existe uma série de cuidados para escolher o local ideal e você vai conhecer os principais neste conteúdo. Inclusive porque essa atividade é parte integrante da inteligência de mercado. Ou seja, do processo de coleta e análise de informações para orientar decisões estratégicas nos negócios.

Qual a diferença entre estabelecimentos e pontos comerciais?

Quando se fala em estabelecimento comercial, é preciso pensar em algo maior. Isso porque ele tem mais amplitude do que a ideia de um local de operação pode sugerir. 

Na prática, o estabelecimento inclui um imóvel e todos os outros bens de posse da empresa. Ou seja, abrangem tudo o que é utilizado para a execução do negócio comercial.

Trata-se, portanto, da soma dos elementos que ajudam a suportar as operações da companhia.

Em contraste, temos o ponto comercial, que é uma parte desse conceito mais amplo. Ele é justamente o local onde as atividades são executadas. Nele, as vendas são realizadas; é onde clientes visitam a empresa e conhecem seus produtos.

A noção de ponto comercial é, logo, mais concreta e fácil de visualizar do que a de estabelecimento. Apesar disso, é comum que, em muitas situações, os termos sejam usados como sinônimos.

Dê uma olhada na tabela a seguir:

PONTO COMERCIAL vs. ESTABELECIMENTO COMERCIAL

Ponto comercial

Estabelecimento

Conceito básico

Localização onde a atividade é explorada

Conjunto organizado de bens usados na atividade

Foco principal

Endereço / posição geográfica

Estrutura física + equipamentos + marca + processos

Exemplo prático

Loja situada em avenida movimentada

A própria loja, com mobiliário, estoque, funcionários e sistemas

Relação com clientela

Gera fluxo de clientes pelo local

Gera experiência de compra e relacionamento com clientes

Natureza jurídica

Protegido como “ponto de negócio” (valor intangível ligado ao local)

Universalidade de bens (fundo de comércio / empresa em funcionamento)

Dependência do imóvel

Depende diretamente do imóvel e de seu entorno

Pode ser transferido para outro imóvel, com ajustes

Registro / formalização

Proteção geralmente ligada a contratos de locação e uso do imóvel

CNPJ, inscrições fiscais, alvarás, contratos de trabalho, etc.

Principal fator de valor

Movimento da rua, acessos, vizinhança, visibilidade

Marca, carteira de clientes, processos, equipe, tecnologia, estoque

Quando faz sentido investir em um ponto comercial físico?

Um ponto comercial físico passa a fazer sentido quando o negócio já mantém vendas recorrentes e demanda previsível. 

Nessa fase, a empresa conhece bem seu cliente e entende quais produtos giram com maior frequência. Além disso, já dispõe de processos minimamente organizados, evitando improvisos na operação diária.

Sem esses elementos, o risco de assumir custos fixos elevados cresce de forma significativa.

Também é importante verificar se a estrutura financeira suporta o compromisso. Ou seja, não basta pagar aluguel nos primeiros meses e depender apenas do entusiasmo inicial.

O ideal é ter reservas, projeções realistas de faturamento e cenários conservadores. Assim, o ponto comercial entra como alavanca de crescimento, e não como peso orçamentário.

Outro sinal favorável é a concentração de clientes em determinada região.

Quando dados de vendas e de território mostram essa concentração, o endereço ganha força estratégica. Ele se torna extensão natural do relacionamento com o público.

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Ponto comercial para franquias: o que muda na escolha do local?

No universo das franquias, a escolha do ponto comercial segue critérios adicionais. Isso porque, normalmente, a franqueadora define perfis de região, faixas de renda e características de vizinhança.

Muitas vezes, há manuais específicos com diretrizes claras sobre ruas, centros comerciais e shoppings. Por isso, o franqueado não decide sozinho e precisa seguir esse direcionamento.

Também o mapeamento de áreas de exclusividade costuma ser relevante.

Franquias costumam delimitar raio de atuação para evitar canibalização entre unidades. Assim, um ponto aparentemente atrativo pode não estar disponível por restrição contratual.

Trata-se de um cuidado que protege o desempenho da rede como um todo.

Além disso, entram em cena análises comparativas com outras lojas da marca. Dentro disso, resultados de unidades maduras ajudam a calibrar expectativas para o novo endereço.

Faturamento, fluxo de clientes e ticket médio servem de referência para a decisão.

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Como escolher o ponto comercial do seu negócio?

Encontrar uma localização comercial é um dos primeiros passos para quem está abrindo ou expandindo uma empresa. Contudo, é preciso dar atenção a alguns detalhes nessa etapa para garantir sucesso e evitar problemas no futuro.

Confira a seguir 10 dicas que vão te ajudar na escolha do ponto de venda ideal.

1. Conheça o seu público-alvo

Entender o perfil do consumidor é um dos primeiros passos na criação ou na expansão de qualquer empresa. Isso porque o grande objetivo é movimentar o seu comércio, atraindo clientes para impulsionar as vendas e aumentar a lucratividade. 

Mas, como conseguir isso se você não está próximo ao seu público-alvo?

Lojas de roupas fitness podem encontrar bons pontos em regiões próximas a academias bem movimentadas, por exemplo.

Por outro lado, se posicionar ao lado de uma rua cheia de fast-foods já não seria tão interessante.

O exemplo é bem simples, mas ilustra bem a situação: é preciso estar onde o cliente está para conseguir vender e ser reconhecido no mercado.

2. Certifique-se de que o local está visível para o público

Como o cliente vai encontrar a sua loja ou saber daquela promoção especial se ele não consegue enxergar a vitrine?

A visibilidade é uma questão que pode parecer irrelevante. Contudo, ela faz total diferença no dia a dia; é preciso considerá-la na hora de analisar a viabilidade do ponto comercial.

Vale destacar que a visibilidade é diferente de acordo com o ângulo de cada cliente: uma pessoa que chega de carro tem uma visão da fachada, já alguém que chega a pé tem outra.

Uma boa estratégia é buscar por imóveis que tenham o mesmo nível da rua, assim você evita barreiras que poderiam esconder a sua loja e ainda contribui para a acessibilidade dos consumidores.

3. Considere a acessibilidade

Quem nunca deixou de entrar em uma loja porque não tinha lugar para estacionar; ficava em uma via rápida ou de difícil acesso?

A falta de acessibilidade pode prejudicar a movimentação e te fazer perder boas oportunidades de venda.

Portanto, lembre-se de avaliar os seguintes pontos na hora de escolher o local para o seu estabelecimento:

  • espaço para estacionar;
  • existência de faixas de pedestre e semáforos, em caso de ruas movimentadas;
  • rotas de acesso ao lugar.

A dica é visitar o bairro em diferentes dias e horários para observar o movimento e entender melhor a questão da acessibilidade. Coloque-se no lugar do consumidor.

4. Analise e considere o fluxo de pessoas na área

Quanto mais pessoas circulando perto da sua loja, maiores são as chances de encontrar clientes em potencial.

Por isso, é interessante avaliar:

  • o fluxo de pessoas no bairro;
  • os horários de maior movimento;
  • e até mesmo a existência de estabelecimentos que possam atrair pessoas para a região – faculdades, bancos e supermercados, por exemplo.

Esse é um tópico muito importante ao se pensar como escolher um ponto comercial. Afinal, o que mais um comércio precisa é ser visto por seus potenciais clientes no dia a dia.

5. Verifique a concorrência

Muita gente acredita que é melhor ter a concorrência bem longe do ponto comercial. Isso nem sempre é verdade.

Em alguns casos, escolher uma localização comercial próxima de concorrentes pode ser muito vantajoso.

Imagine uma pessoa interessada em comprar uma televisão nova: provavelmente, ela vai pesquisar preços e modelos em diferentes lojas antes de tomar uma decisão, certo?

É aí que a proximidade com a concorrência pode ser sua aliada. 

Contudo, vale avaliar bem esse quesito, considerando se isso vale a pena de acordo com o momento da sua empresa.

Por exemplo, se você está começando agora, não é interessante ficar próximo a concorrentes que já estão há anos no mercado e são bem reconhecidos pelo público.

Avalie com calma e use o geomarketing para monitorar os concorrentes.

6. Considere o potencial de crescimento da região

O crescimento da região vai afetar diretamente o seu estabelecimento, por isso vale a pena fazer um estudo para entender o potencial de desenvolvimento do local.

Se a prefeitura tem planos para adicionar uma nova estação de metrô, um novo terminal de ônibus ou então construir uma faculdade na região, isso muda a dinâmica do lugar.

Todos esses detalhes podem interferir de alguma forma na movimentação do bairro e, consequentemente, na evolução do seu negócio.

7. Certifique-se de que o imóvel cabe no orçamento

Independente se você vai comprar ou alugar o ponto comercial, é preciso ter um planejamento financeiro bem estabelecido para a transação, afinal você está assumindo um compromisso.

Antes de adquirir esse espaço, tire um tempo para avaliar as finanças da sua empresa e definir quanto pode ser investido no ponto comercial.

Considere o capital atual, uma previsão de lucros e prazo de retorno. Depois, pesquise o valor de mercado para imóveis na região desejada e faça um balanço do melhor custo-benefício.

8. Procure um lugar silencioso

Também é importante considerar se a vizinhança é tranquila ou se há muito barulho na região. O ideal é procurar um lugar que seja movimentado, mas não muito barulhento para que as vendas e a comunicação não sejam prejudicadas.

Se estivéssemos falando de um escritório para atividades que precisam de concentração, esse ponto seria crucial.

Como é um ponto comercial, podemos até relativizar. Contudo, é sempre importante ter um limiar interessante de silêncio para o bem-estar de colaboradores e clientes.

9. Escolha locais com boa infraestrutura

Outro fator de extrema importância na hora da escolha do ponto de venda é pensar na infraestrutura. Deve-se analisar se o local oferece acesso à energia, como é a questão da internet, iluminação, proximidade de transporte público e pontos de estacionamento, tamanho do local, entre outros fatores.

Uma boa infraestrutura já soluciona diversos desafios de uma vez só, contribuindo para uma melhor experiência do cliente em geral. Evidentemente, tudo depende de como o seu público se porta e do que ele espera.

Nesse sentido, é importante já escolher um local ideal para evitar ter que fazer modificações posteriormente.

10. Pense na segurança

Também vale destacar a importância de ter um local seguro, tranquilo, livre de problemas e ameaças. 

Um bom ponto comercial deve ser um local movimentado, com boa infraestrutura e que ofereça comodidade tanto aos clientes quanto aos seus colaboradores.

Assim, você não precisa se preocupar com assaltos e outras ocorrências perigosas que põem em risco as pessoas ao redor e o seu patrimônio.

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Quais métricas utilizar para analisar a viabilidade do ponto comercial?

Vale a pena pensarmos a escolha do ponto de venda sob a ótica da análise de métricas. Ou seja, de parâmetros quantificáveis utilizados para avaliar e monitorar o desempenho de processos e projetos.

Isso porque as métricas auxiliam na tomada de decisões informadas – o que sabemos, é indispensável em uma iniciativa de expansão de negócios.

Confira, no quadro a seguir, alguns exemplos.

MÉTRICAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE DO PONTO COMERCIAL

Faturamento Bruto

Total das receitas geradas pelas vendas em um período específico.

Margem de Contribuição

Diferença entre o faturamento bruto e os custos variáveis, indicando o quanto sobra para cobrir custos fixos e gerar lucro.

Ticket Médio

Valor médio gasto por cliente em cada compra, calculado dividindo o faturamento bruto pelo número de vendas.

Ponto de Equilíbrio Operacional

Volume de vendas necessário para que as receitas igualem os custos totais, sem lucro ou prejuízo.

Lucratividade

Percentual do lucro líquido em relação ao faturamento bruto, indicando a eficiência operacional do negócio.

Rentabilidade

Relação percentual entre o lucro líquido e o investimento total realizado, demonstrando o retorno sobre o investimento.

Taxa Interna de Retorno (TIR)

Taxa de desconto que torna o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros igual a zero, utilizada para avaliar a rentabilidade de investimentos.

Valor Presente Líquido (VPL)

Diferença entre o valor presente das entradas e saídas de caixa projetadas, indicando a viabilidade financeira do projeto.

Custo de Aquisição de Clientes (CAC)

Média de investimento necessário para conquistar cada novo cliente, incluindo gastos com marketing e vendas.

Lifetime Value (LTV)

Receita total estimada que um cliente gera durante todo o seu relacionamento com a empresa.

Retorno sobre o Investimento (ROI)

Percentual que indica o retorno obtido em relação ao capital investido, calculado dividindo o lucro líquido pelo investimento total.

Taxa de Conversão

Percentual de visitantes que se tornam clientes efetivos, refletindo a eficácia das estratégias de vendas.

Como usar dados e inteligência geográfica para escolher um ponto comercial?

Outro ponto é o uso de dados e de geomarketing para fortalecer sua estratégia e acrescentar maior segurança à decisão.

O marketing com inteligência geográfica permite identificar exatamente os locais interessantes para investir com base em informações sólidas. Ou seja, é diferente de uma opinião fundamentada somente em achismos. 

Com os dados, é possível traçar mapas em dashboards para estudar a área de influência da empresa, as regiões lucrativas da cidade, o potencial de consumo e várias outras questões.

Pode-se estudar as variáveis mais relevantes para a empresa, de modo a detectar padrões e tendências para descobrir o que pode dar certo com base no que já deu certo.

Inteligência geográfica na prática

Na prática, o uso de um modelo de geomarketing facilita o levantamento das áreas mais interessantes para que a gestão escolha, por exemplo. Além disso, exibe porcentagens de chances de sucesso em cada local.

Essa abordagem estatística é fundamental para tomar uma decisão segura, de modo a contornar os riscos inerentes.

A grande vantagem desses modelos é a possibilidade de analisar uma quantidade enorme de dados, sempre com a garantia de precisão e clareza.

Em síntese, dados e inteligência geográfica tornam mais precisas as análises de fatores como:

  • Demografia local: análise da população residente na área, incluindo idade, gênero e renda.
  • Potencial de consumo: estimativa do gasto dos consumidores na região para o seu segmento.
  • Concorrência: número e proximidade de competidores diretos e indiretos.
  • Acessibilidade: facilidade de acesso ao local, incluindo transporte público e estacionamento.
  • Visibilidade: grau de exposição do ponto aos fluxos de pedestres e veículos.
  • Custo de ocupação: análise dos custos de aluguel ou aquisição do espaço.
  • Taxa de conversão esperada: percentual de visitantes que se tornam clientes.
  • Faturamento projetado: previsão de receitas com base nas métricas anteriores.

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7 erros que impedem as empresas de escolher um ponto comercial ideal

Existem alguns erros muito comuns entre os empreendedores na hora de escolher pontos comerciais; e eles podem prejudicar muito a decisão.

Pensando nisso, listamos os mais fatais para te ajudar a não cometer nenhum deles por aí. Você vai ver que esses equívocos fazem com que esse processo tornem deficitária a inteligência de mercado.

Confira a seguir.

1. Falta de planejamento

Um erro comum é não planejar a busca de um bom ponto comercial. 

Sem ser bem criterioso nesse planejamento, você pode gastar além do orçamento ou até se perder nos prazos de abertura da loja. Logo, prejudicará sua estratégia de expansão de negócios.

A dica é ter uma boa organização financeira e também criar uma agenda com:

  • a data de abertura do estabelecimento;
  • os prazos para compra ou locação;
  • orçamento e cronograma para eventuais reformas;
  • entre outros tópicos que precisam ser previamente pensados.

2. Deixar a ansiedade falar mais alto

Você deve conhecer aquela frase popular que diz “a pressa é inimiga da perfeição”, certo? Nesse caso, ela é totalmente verdade.

Sabemos que a ansiedade para abrir o seu estabelecimento é grande, mas ela pode fazer todo o planejamento sair de controle.

Tente manter os pés no chão e agir de maneira estratégica, sempre pensando nas necessidades do seu comércio.

3. Considerar apenas os gastos com aluguel ou compra do espaço

Outro grande erro é fazer os cálculos considerando somente custos de aluguel ou o preço para compra do ponto comercial. Ele inviabiliza outros compromissos orçamentários envolvidos, muitas vezes fazendo com que a escolha seja inadequada. 

Existem despesas extras a serem levadas em conta nas operações. Tais como:

  • manutenção;
  • documentação;
  • compra de equipamentos e tecnologias;
  • reparos e/ou reformas;
  • entre outras.

4. Não cruzar dados internos com informações externas de mercado

É um equívoco escolher o ponto apenas com base na impressão visual da região.

Quando a empresa ignora dados de vendas, CRM e pesquisas mercadológicas, por exemplo, perde referências importantes. Além disso, deixa de fazer benchmarkings competitivos sobre território e consumo.

No extremo, as decisões estratégicas ficam vulneráveis a vieses individuais e oscilações pontuais.

5. Desconsiderar diferenças entre microáreas dentro do mesmo bairro

Muitas análises geográficas param no nome do bairro e não avançam para as microáreas. Entretanto, quadras vizinhas podem ter perfis de renda, idade e consumo totalmente distintos.

Se a companhia não aprofunda esse recorte, corre risco de instalar-se na face menos favorável da região. Consequentemente, perde acesso ao fluxo mais qualificado de potenciais clientes.

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6. Ignorar projeções futuras de demanda e mudanças urbanas

Também é desaconselhável olhar apenas a fotografia atual do entorno ao avaliar um ponto comercial.

Planos viários, novos empreendimentos e mudanças no uso do solo alteram o potencial do ponto. Quando a empresa não considera essas projeções, pode escolher áreas em fase de esvaziamento.

Não raro, o endereço começa forte e, em poucos anos, perde relevância competitiva.

7. Tratar o ponto comercial como decisão definitiva, sem monitoramento contínuo

Por fim, muitos varejistas encaram o ponto como uma escolha irreversível.

Depois de inaugurado, deixam de acompanhar indicadores como fluxo, conversão e faturamento por área.

A falta desse monitoramento, invariavelmente, faz com que sinais de saturação ou oportunidade passem despercebidos. Consequentemente, com o tempo, o ponto antes estratégico pode se tornar um passivo difícil de reverter.

Regulamentações: a importância de conhecê-las ao pensar em escolher a localização comercial

Existem algumas regulações importantes para ficar de olho quando uma empresa necessita de um ponto para vendas. Essas normativas e leis precisam ser consideradas na hora de pensar a viabilidade do ponto comercial para instalação de uma loja.

Uma delas é a lei do inquilinato

Basicamente, essa lei trata de questões referentes a obrigações dos locadores e locatários, bem como questões de prazo de contrato e outros fatores.

Para o locador, é preciso entregar o imóvel em um estado em boas condições para servir de ponto comercial, responder pelo que tenha acontecido anteriormente na propriedade, fornecer informações sobre o local, lidar com impostos, etc.

Para o locatário, é necessário estar atento ao valor do aluguel, uso para o propósito acordado, cuidado com dados e total discrição para com o dono, arcar com as despesas típicas de consumo e não fazer mudanças.

Além do mais, é preciso regularizar o ponto comercial frente à prefeitura da cidade. Nesse sentido, a empresa precisará de alvará de localização, que é uma espécie de permissão municipal para operar em um local; licenças ambiental e sanitária; além de vistorias legais.

É preciso estar de acordo com os padrões sanitários, padrões ambientais e oferecer segurança diante da análise do corpo de bombeiros (afinal, será um lugar de trabalho, que vai ser visitado por muitas pessoas).

Outras leis a serem observadas na escolha do ponto de venda 

Para garantir que o projeto de expansão de negócios via abertura de novas lojas seja juridicamente amparado, também é importante olhar para:

  • Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002). Ele contém disposições gerais sobre contratos, incluindo os de locação comercial.
    planalto.gov.br
  • Lei de Zoneamento Urbano. Legislação municipal que define o uso permitido para cada região da cidade, determinando onde atividades comerciais podem ser exercidas. Deve-se consultar a prefeitura local para acessar a versão específica aplicável ao município.
  • Código de Obras e Edificações. Disponível no site oficial da prefeitura do respectivo município, ele estabelece normas técnicas para construções e reformas.
  • Legislação sobre acessibilidade (Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência). Ela determina requisitos de acessibilidade em edificações, incluindo estabelecimentos comerciais.
  • Legislação sanitária. Para estabelecimentos que manipulam alimentos ou produtos de saúde, é necessário cumprir as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e legislações sanitárias locais (dispostas nos sites oficiais das secretarias de saúde municipais ou estaduais).
  • Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990). Dispõe sobre normas de proteção ao consumidor, aplicáveis a todas as relações comerciais.

[FAQ] Perguntas frequentes sobre ponto comercial 

O que é ponto comercial?

Ponto comercial é o endereço onde o negócio encontra seu público e realiza suas vendas presenciais. Ele representa a conexão direta entre empresa, fluxo de pessoas e oportunidades de faturamento.

Por isso, costuma ter valor próprio, independente do imóvel em si.

Quais fatores avaliar antes de fechar contrato de ponto comercial?

É importante analisar: público da região, acessos, custos totais e regras legais aplicáveis.

Também vale observar concorrentes, infraestrutura do entorno e possibilidade de crescimento do bairro.

Em síntese, somar esses elementos reduz o risco de decisões precipitadas.

Quanto devo gastar com o ponto comercial?

Não existe percentual único válido para todos os segmentos.

O mais prudente é projetar faturamento, custos operacionais e margem desejada. A partir daí, definir um teto que não comprometa a saúde financeira do negócio.

Quem tem direito ao ponto comercial em imóvel alugado?

Em regra, o direito ao ponto está associado a quem explora a atividade naquele endereço. No entanto, contratos de locação podem trazer cláusulas específicas sobre permanência.

Por isso, deve-se avaliar cada documento com atenção e suporte jurídico.

É possível mudar de endereço sem perder o valor do ponto comercial?

Mudar de local sempre envolve algum nível de risco para o relacionamento com clientes.

Quando a transição é planejada e bem comunicada, parte desse valor pode ser preservada. Isso envolve, inclusive, divulgar o novo endereço com antecedência e facilitar o acesso.

A escolha do ponto comercial não pode ser feita sem método

Como vimos ao longo deste conteúdo, como escolher um ponto comercial é um questionamento muito importante. Esse tipo de iniciativa empresarial exige um bom planejamento estratégico: o estudo de diversos fatores.

É preciso pensar não apenas no custo do ponto, mas em um bom marketing de localização, na acessibilidade e no fluxo de pessoas, por exemplo.

Para facilitar o processo, você pode contar com uma solução de geomarketing, como a fornecida pela Cortex. Ela é adotada pelas redes varejistas mais bem-sucedidas no Brasil.

Que tal, nós ajudamos a ampliar suas perspectivas de como escolher um ponto comercial? 


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