Analisar o perfil de consumo do público-alvo é uma tarefa complexa e exige atualização constante. Afinal, vivemos em um país de dimensões continentais e as demandas da população mudam conforme o tempo passa.
O estilo de vida, a opinião e os comportamentos do consumidor se alteram ao longo dos anos. Além disso, as variáveis sociodemográficas e geográficas, entre outras, são importantes dentro desse tipo de análise.
Por exemplo, aspectos como a predominância de pessoas com características específicas em certas regiões, o aumento ou a queda de renda e também a facilidade de chegar a uma loja influenciam bastante na jornada de compra.
Tem mais coisas relevantes para se entender sobre esse tema! Por isso, te convidamos a acompanhar os seguintes tópicos:
O perfil de consumo é um retrato detalhado das preferências e comportamentos de compra de um indivíduo ou grupo.
Ele inclui hábitos, interesses e demografia, fornecendo informações valiosas para as empresas personalizarem suas estratégias.
Esse perfil revela características demográficas, como idade, gênero e renda, e também mergulha nas motivações, valores, necessidades e comportamentos que influenciam as escolhas de compra de uma pessoa.
Além disso, o perfil de consumo também inclui fatores psicográficos, ou seja, os aspectos emocionais e psicológicos que moldam a forma como uma pessoa aborda a aquisição de bens e serviços.
Em outras palavras, diferentes públicos podem se identificar com certos estilos de vida, pertencer a grupos específicos e buscar status, por exemplo.
Essas características definem o perfil de consumo e também segmentam o mercado.
Como é possível perceber, entender o perfil de consumo do seu público-alvo faz enorme diferença para encantar o cliente e maximizar seus lucros.
Sob a ótica de Vendas, Marketing e Inteligência de Mercado, essa análise é um processo que envolve a construção de um retrato detalhado do cliente ideal de uma empresa.
Isso, em síntese, reunindo e analisando informações de fontes variadas em busca de insights acionáveis.
É correto dizer também que a construção do perfil de consumo oferece uma visão aprofundada sobre quem é o cliente mais aderente às ofertas.
E mais: como ele toma decisões de compra e quais são seus interesses reais são inferências válidas para diversas iniciativas estratégicas.
Sem isso, é impossível personalizar corretamente o mix de produtos, precificar com mais assertividade. Além disso, trabalhar o posicionamento de mercado da companhia, elaborar comunicações sob medida, entre outros tipos de estudos e ações.
Em síntese, os benefícios do perfilamento adequado do consumidor são:
É bem válido fazer uma análise evolutiva do perfil do consumidor no Brasil. Ainda que isso seja feito por um recorte, já é possível ter uma dimensão do quanto as coisas mudaram no consumo nacional.
Ao longo da última década, ele ficou mais seletivo e menos baseado em “volume”.
Esse movimento aparece na alimentação: a parcela que consumia fora de casa caiu de 40,2% para 36,5% entre 2008-2009 e 2017-2018, segundo o IBGE.
Depois, a pressão de preços e juros reforçou escolhas por custo-benefício, com trocas de marcas e tamanhos.
Em paralelo, o digital deixou de ser “alternativa” e virou parte do cotidiano de compra.
O NielsenIQ reporta o e-commerce em patamar de R$ 351 bilhões em vendas, com crescimento de dois dígitos. Além disso, há mais combinação de canais para abastecimento do lar.
Neste âmbito, podemos olhar para a alta de penetração em atacarejos (+9,6%), supermercados (+7,7%) e e-commerce (+3,9%) no 3º tri de 2024. Esses são dados da Kantar.
A forma de pagar também redesenhou hábitos, sobretudo em compras recorrentes.
Segundo o Banco Central, 63 bilhões de transações no Pix em 2024, com R$ 26,4 trilhões movimentados. Em dezembro de 2025, o Pix bateu 313,3 milhões de transações em um único dia, segundo a Agência Brasil.
Além disso, o Pix Automático amplia pagamentos recorrentes e tende a acelerar assinaturas e serviços, noticiou a Reuters.
Com o consumidor mais analítico, a busca por promoções ganhou escala e método.
Na classe AB, a participação de itens promocionais nas cestas “dentro do lar” subiu de 14% para 23% no 2º tri de 2025, segundo a Kantar.
Em itens essenciais, o “trade-down” cresce: o café de entrada subiu 4% e o premium caiu 5,5%, de acordo com a McKinsey.
Ao mesmo tempo, o fora do lar volta a ganhar tração, com +29% em frequência de visitas no 1º semestre de 2025, aponta a Kantar.
Até aqui, você já entendeu: uma compreensão diferenciada das preferências, hábitos e necessidades do consumidor capacita sua empresa a selecionar ofertas, além de estruturar e executar estratégias que potencializam resultados.
Essa abordagem direcionada geralmente gera maior engajamento, fidelidade e, em última análise, receita.
Vamos falar agora, em termos bem práticos, sobre como fazer isso. Confira nos tópicos a seguir.
Uma auditoria para garantir a compreensão das características demográficas, como idade, gênero, localização, estado civil, renda média mensal, escolaridade e ocupação é um passo inicial importante.
Além disso, é preciso analisar:
Vale a pena também olhar com bastante detalhe a satisfação dos clientes já conquistados.
Isso pode ser feito por meio de pesquisas de NPS, feedbacks diretos e análise de comportamento pós-compra.
Dessa forma, pode-se inferir oportunidades e pontos de melhoria para inovação no atendimento e na oferta de produtos ou serviços.
Um próximo passo recomendado é o desenho de representações (personas), buscando personificar e caracterizar detalhadamente o cliente ideal.
O mapa de empatia complementa a persona, trazendo mais detalhes sobre sua personalidade ao responder perguntas sobre o que ela pensa, sente, ouve, vê, fala, faz, suas dores e necessidades.
No detalhe, o mapa de empatia deve conter as seguintes seções:
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MAPA DE EMPATIA PARA PERFILAMENTO DE CONSUMO |
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Seção |
Perguntas/Considerações |
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O que o cliente pensa e sente? |
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O que o cliente vê? |
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O que o cliente ouve? |
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O que o cliente diz e faz? |
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Quais são as dores do cliente? |
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Quais são as necessidades e ganhos do cliente? |
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As pesquisas de mercado seguem sendo indispensáveis para traçar o perfil de consumo. Elas permitem construir sua persona com mais segurança, entrevistando pessoas reais que representam o seu público.
Mas, atenção: os questionários precisam ser adaptados ao modelo do negócio. Só assim é possível coletar informações relevantes.
Sua empresa jamais deve perder de vista que a construção do perfil de consumo tem que ser baseada em estudos e dados concretos - nunca em suposições.
Dentro disso, é preciso coletar e analisar informações de fontes internas e externas. Isso por meio de aplicações tecnológicas avançadas – soluções de geomarketing, por exemplo, como você vai ver mais adiante.
Nesta atividade data driven, a integração de informações de diferentes canais – online e offline – fornecem uma visão holística do perfil de consumo.
Isso inclui informações de vendas, interações em redes sociais, comportamento no site, feedback de atendimento ao cliente, entre outros.
Basicamente, uma abordagem multicanal assegura que todas as facetas do comportamento do consumidor sejam consideradas no exercício de perfilar com método.
O perfil de consumidor nunca é estático na atual dinâmica mercadológica em que vivemos, pois as preferências e necessidades mudam com cada vez mais frequência.
Logo, manter uma rotina de atualização dos dados coletados é bastante recomendado.
Ou seja, deve-se revisar e atualizar regularmente as informações, garantindo que a consciência do time envolvido, bem como as estratégias e abordagens permaneçam eficazes.
Por fim, o cenário atual exige – ao mesmo tempo em que proporciona facilidades para – entender o comportamento do consumidor online.
Isso inclui analisar como os consumidores interagem com sua marca nas redes sociais, quais plataformas preferem e como buscam informações sobre produtos ou serviços.
Além disso, é válido observar transações na web, verificando as frequências de compras, o ticket médio, as categorias de produtos e serviços adquiridos, entre outras análises.
Conhecer o perfil de consumo das classes C e D é decisivo para os negócios B2B2C. Isso porque essas classes concentram volume, frequência e disputa por ponto de venda local.
Segundo a Fast Company Brasil, 75% da população está nas classes C, D e E, pelo Critério Brasil.
Também se sabe que o consumo “dentro do lar” tende a ser movido por lares de menor renda. Segundo a Kantar, as classes D e E lideraram movimentos de mix e frequência no curto prazo.
Em síntese, mapear essas escolhas por região reduz desperdício e melhora a cobertura comercial. Geralmente, ajuda a definir sortimento, preço e presença territorial.
Com isso em mente, veja, a seguir, as principais características das classes C e D.
Nas classes C e D, o orçamento costuma ser mais “travado” por contas fixas e dívidas. Tanto que, ao menos 77% da classe baixa se considera endividada.
Sendo assim, a compra prioriza previsibilidade e reposição, com pouca margem para erro. Isso é o contrário das classes A e B, nas quais a elasticidade é maior, mesmo em ciclos de pressão.
O consumidor C e D alterna canais para equilibrar preço, estoque e deslocamento. Logo, sua missão de compra tende a ser fragmentada e recorrente.
Em contraposição, nas classes A e B, a cesta costuma concentrar mais itens por ida a estabelecimentos comerciais.
Dê uma olhada nestes dados: em 2024, D e E ampliaram 11% os canais visitados, mas reduziram 9% o volume por viagem, como noticiou o portal Ecommerce Brasil.
Nos lares de menor renda, o objetivo é manter a variedade sem estourar o gasto.
Isso é visto em uma pesquisa da Kantar publicada em fevereiro de 2025:
Dentro dessa realidade, cresce a troca entre marcas e tamanhos para caber no bolso.
As classes C e D reagem rápido a preço e promoção, sobretudo em mercearia e higiene.
Com inflação e juros, aumenta a busca por embalagens menores e versões básicas. Mesmo assim, há espaço para “pequenos indulgentes” em categorias acessíveis.
Já nas classes A e B, há mais compra de itens premium e maior estabilidade de preferência. Conforme o já citado levantamento da Kantar, AB ampliou compras promocionais, mas partindo de um patamar de consumo mais alto.
O Pix ganhou centralidade por controle e liquidez imediata nas classes populares.
Segundo a Quaest, 65% da classe baixa tem cadastro no Pix, enquanto o cartão de crédito aparece em 40%. Além disso, 68% declara ter conta em banco, indicando avanço de bancarização.
Nas classes A e B, o crédito tende a ser mais usado para conveniência e benefícios.
A compra C e D é mais sensível a horário, proximidade e disponibilidade no bairro.
Em 2025, as classes D e E cresceram 35% em frequência fora do lar, mas com queda no tíquete. Isso sugere compras menores, repetidas e com foco em conveniência.
Em contraste, A e B tendem a buscar experiências e maior valor por ocasião.
Entender arquétipos ajuda a transformar dados dispersos em decisões comerciais.
Em negócios B2B2C, isso orienta sortimento, preço e execução. Além disso, os arquétipos conectam “o que” se compra ao “porquê” da escolha.
Nesta toada, a análise de perfil de consumo vira um guia de segmentação e ativação.
Tendo isso em perspectiva, confira, a seguir, uma descrição dos principais arquétipos.
Caçadores de descontos priorizam economia imediata e comparações rápidas. Por isso, reagem a promoções, kits, tamanhos econômicos e marcas de entrada. Além disso, alternam canais e lojas conforme oferta e estoque. Em A e B, a conveniência pesa mais.
Sinais comuns aparecem em alta elasticidade e em troca frequente de marcas. Portanto, vale mapear “zonas de sensibilidade” por renda, concorrência e distância. Em seguida, ajuste comunicação, encarte e mídia local por microárea.
Por fim, avalie ruptura e preço mínimo por praça.
Investigadores de ingredientes leem rótulos e buscam evidências antes de decidir. Assim, valorizam ingredientes, origem, alergênicos, selos e transparência da marca.
Eles também comparam qualidade percebida, não apenas preço nominal. Isso é bastante comum nas classes A e B.
Quanto aos sinais, eles surgem em categorias como alimentos, cuidados pessoais e limpeza especializada. Logo, é válido destaque para atributos verificáveis e linguagem simples no ponto de venda. Ademais, personalizar conteúdos por público e canal, evitando promessas vagas.
Também é aconselhável monitorar buscas e reclamações para calibrar o diálogo com este perfil de consumidor.
Os seguidores de recomendações compram por prova social e confiança em terceiros. Reviews e influenciadores aceleram a decisão. Eles também preferem marcas fáceis de comparar e com reputação estável.
São bem prevalentes nas classes C e D, para as quais a recomendação reduz risco.
Picos após campanhas, avaliações e boca a boca regional são sinais do mover deste perfil de consumo.
Para trabalhá-lo com eficácia, mapeie onde a reputação é mais forte e amplie distribuição nesses polos. Em seguida, ative promotores, pontos de demonstração e conteúdo curto. Por fim, acompanhe a jornada por canal para reduzir fricções.
Já os fiéis à marca repetem escolhas por hábito, identificação e experiência consistente. Eles toleram pequenas variações de preço, desde que a entrega seja previsível. Ademais, valorizam disponibilidade, atendimento e pós-venda sem atrito.
Nas classes A e B, esses consumidores veem esses benefícios com bons olhos. Normalmente, quando os encontram, eles aumentam a fidelidade às marcas e estabelecimentos comerciais.
São bem característicos dos fiéis à marca: recompra, baixa sensibilidade a promoções e maior tolerância a substitutos.
Portanto, proteja presença, evite rupturas e fortaleça programas de relacionamento. Use dados geográficos para expandir onde a lealdade já é alta. E mensure retenção e share de categoria por território.
Entender o perfil do consumidor brasileiro é tarefa das mais árduas. Afinal, em um país de dimensões continentais e com tanta diversidade socioeconômica e cultural, existe todo tipo de público-alvo.
Entretanto, particularidades regionais podem ser observadas por meio de softwares especializados por indústrias, distribuidoras ou redes varejistas. Essas empresas, interessadas em encontrar seu mercado consumidor ideal, têm vocação para a maturidade tecnológica.
Com isso em mente, listamos algumas dicas para mapeamento do perfil do consumidor. Elas foram divididas em duas frentes:
1) usando uma solução de inteligência geográfica;
2) usando uma solução de inteligência de Go-to-Market.
Confira, a seguir!
Um software de geomarketing é ideal para isso. Afinal, os mapas podem ser riquíssimas fontes de informação para a inteligência de mercado.
Há, na verdade, uma infinidade de cenários que são mais facilmente apresentados e compreendidos com a ajuda de representações geográficas.
Para ter a real dimensão disso, veja agora dicas para, a partir de mapas, entender o perfil de consumo no Brasil.
Uma das formas de entender o perfil de consumo é identificando em que lugar do país a faixa etária do seu público-alvo está mais presente.
Com uma ferramenta de geomarketing, você consegue descobrir e visualizar essa informação:
Do verde ao vermelho você pode ver em quais estados há maior quantidade de pessoas entre os 25 e os 34 anos.
Perceba que São Paulo e Minas Gerais são as unidades da federação que comportam o maior contingente desse público.
Com essa informação, já é possível definir algumas estratégias.
Mas vamos ver com mais detalhes outras características para compreender o perfil de consumo.
Uma característica fundamental para descobrir sobre seu público-alvo é a renda média predominante entre essas pessoas. Afinal, sua comunicação, seu mix de produtos/serviços e o posicionamento da sua marca precisam estar adequados a elas.
Consumidores de maior poder aquisitivo associam preço à qualidade, pagando mais caro; já os de menor renda costumam evitar valores muito altos. Por isso, compreender a renda média é tão necessário para precificar seus produtos.
Veja abaixo, por exemplo, qual é a faixa de renda média predominante em cada município do estado de Minas Gerais:
Como você pode ver, o estado mineiro tem, em sua maioria, municípios onde a faixa de renda média predominante é a C1 (em amarelo). Em seguida está a C2, em laranja, e na terceira posição fica a classe B2, em verde claro.
Tanto a classe A quanto as D e E não são predominantes em nenhum município do estado analisado.
Já a média de renda resultando na classe B1 está presente em apenas um município: Nova Lima. É nele que iremos focar na próxima análise.
Siga lendo!
Como você viu acima, Nova Lima é um município em que a média da renda da população é a B1 (renda média entre R$ 8.058,01 e R$ 16.094).
Mas será que a renda dos nova-limenses cresceu com o tempo? Uma análise da Taxa Geométrica de Crescimento Anual (TGCA) de renda média revela essa informação.
No mapa que segue, veja a representação precisa da taxa de crescimento da renda média em Nova Lima:
Do verde ao vermelho você observa os setores censitários onde a renda média cresceu ou diminuiu. O dado é uma projeção 2010-2022 da Cortex Geofusion.
Essa análise é muito exemplificativa de como você consegue entender como cresceu ou caiu a renda de uma população – o que faz toda diferença para mapear o perfil de consumo do seu público-alvo.
Afinal, uma região onde os habitantes prosperaram e conquistaram maior poder aquisitivo tem tudo para ser ótima para investimentos.
Tem também o dado de potencial de consumo, um dos mais importantes na hora de entender o perfil de consumo do seu público. Ele determina quanto dinheiro a população possui para gastar em diversas categorias de produtos e serviços.
Então, partindo agora para a capital mineira, que tal vermos qual é seu potencial de consumo? Confira na representação cartográfica a seguir:
Observe, do verde ao vermelho, onde estão as microáreas com o maior e menor potencial de consumo em Belo Horizonte. Você vai ver que destacam-se, nesta análise, as microáreas 'Funcionários' e 'Serra'.
Por fim, com uma solução de inteligência geográfica também é possível entender o quanto a população está disposta a gastar com diferentes tipos de produtos e serviços.
Você consegue, por exemplo, filtrar entre categorias como alimentação dentro e fora do lar, medicamentos, vestuário, mensalidades, bebidas e muito mais.
Digamos que você queira fazer análise de potencial de consumo para roupas femininas.
No mapa a seguir, nós te mostramos como ela se conforma na microárea Funcionários, em BH. Veja:
No detalhe, uma ferramenta de geomarketing te possibilita fazer análises que vão desde o macro (estados e municípios) até micro análises – como a que você vê acima.
Note como podemos entender a intenção de compra nos quarteirões, tendo, assim, informações precisas e acuradas sobre o perfil de consumo da população.
Uma solução de GTM para a indústria também pode acelerar esse mapeamento. Afinal, ela conecta dados de mercado, carteira e vendas.
Com ela, líderes, estrategistas, analistas e operadores saem do “achismo” e priorizam PDVs e territórios com maior chance de positivação. Eles têm condições técnicas de criar um ciclo contínuo de ajustes, pois não se limitam a fotografias pontuais do consumidor.
Veja, a seguir, cinco dicas práticas para aproveitar esse tipo de plataforma.
Comece usando o sistema para definir quais fatores descrevem um PDV “bom” para a sua operação. Inclua canal, porte, mix e perfil do entorno.
Em seguida, transforme esses fatores em variáveis mensuráveis, para que o método seja replicável. Assim, você cria critérios de sucesso que sustentam comparações entre regiões e períodos.
Use sua carteira como referência para calibrar a régua. Olhe para recorrência, ticket, ruptura e evolução por categoria.
Depois, descreva o contexto do entorno desses PDVs: densidade, renda estimada e hábitos de compra da vizinhança.
Com esse quadro, você evita que cada área use uma régua diferente. Ao mesmo tempo, consegue explicar por que um PDV entrou na prioridade.
Depois de padronizar o “sucesso”, use os recursos do sistema para avançar para a priorização dos PDVs não atendidos. O objetivo é elevar conversão, não volume.
Uma solução de GTM pode atribuir uma pontuação de propensão, baseada em fatores do seu histórico e do mercado. Dessa forma, você direciona o time para alvos com maior chance de fechamento.
Para tornar isso operacional, combine score com regras claras. Considere a capacidade de atendimento, distância e janelas de entrega. Depois, defina trilhas de abordagem por cluster, com argumento, oferta e incentivo adequados.
Essa etapa vai ajudar a reduzir o tempo gasto com visitas improdutivas e melhorar o aproveitamento das rotas. Ademais, testar abordagens por cluster e aprender mais rápido.
Mapear perfil de consumo não é só encontrar novos PDVs. Também é entender o porquê da performance da sua carteira.
Por isso, consolide indicadores de cobertura, frequência de compra e presença por território e canal. Em paralelo, descreva as características comuns dos PDVs que dão certo, para extrair um padrão.
Observe também o portfólio comprado em cada cluster. Em muitos casos, o problema é sortimento, não presença.
Compare cestas e margens por tipo de PDV e detecte oportunidades de expansão de mix por perfil.
Com esse raio-x, você identifica “zonas de força” e “zonas de silêncio” na distribuição. Além disso, enxerga onde existe aderência de perfil, mas falta presença comercial.
Em operações B2B2C, cobertura é uma decisão de alocação de recursos. Logo, território não deve ser definido só por geografia.
Use a plataforma de GTM Intelligence B2B2C para cruzar a presença atual com potencial de consumo, densidade de PDVs e atratividade por categoria. Isso vai te ajudar a direcionar a equipe para áreas quentes, sem sobrecarregar regiões frias.
Depois de ativar PDVs e territórios, você precisa monitorar resultados com disciplina. Caso contrário, o perfil de consumo fica desatualizado.
Use o sistema para acompanhar indicadores de vendas, rupturas e variações por canal, região e categoria, entre outras.
Observe tendências e aplique recomendações para ações imediatas, como ajuste de mix e foco de visita. Para tal, use painel de performance, alertas de tendência e sugestões de ação.
No detalhe, você vai criar um loop de aprendizado que melhora continuamente a definição do perfil. Também identificar cedo onde o consumidor mudou e onde o canal está reagindo.
No fim, seu mapeamento de perfil de consumidor será um processo contínuo; não um diagnóstico isolado.
Vale a pena tratá-lo como um ativo operacional, não como diagnóstico.
Em modelos B2B2C, essa disciplina reduz a dispersão e melhora a priorização de mercado. Além disso, ela organiza o alinhamento entre indústria, canal e ponto de venda.
A conclusão prática é simples: o melhor perfil é o que orienta escolhas semanais.
Para isso, é importante conectar sinais de demanda, cobertura e sortimento em um mesmo critério. Também transformar esse critério em listas acionáveis por território e canal. Para que cada visita, negociação e ativação tenha um “porquê” rastreável.
No fim, o objetivo não é só “conhecer melhor” o consumidor, e sim operar melhor a cadeia. Isso inclui expandir presença onde há aderência e corrigir mix onde já existe giro. Além disso, permite proteger margem ao direcionar promoção para o lugar certo.
Quando o perfil de consumo entra na governança comercial, a estratégia deixa de ser abstrata. Ela se torna executável.
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