BPM: O que é Business Process Management?

BPM: O que é Business Process Management?

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Chamamos BPM (Business Process Management) a disciplina, técnica ou método de estruturação de operações de gestão de negócios. Isso considerando que os fluxos de trabalho organizados são os alicerces organizacionais.

Companhias que praticam BPM têm operações ágeis e eficientes. Elas conseguem conhecer profundamente, analisar, reelaborar – sempre que necessário –, otimizar e padronizar seus processos.

É uma abordagem tão importante que ao redor dela gira um imenso mercado. Para se ter uma ideia, serviços e tecnologias de BPM deverão movimentar US$ 61,17 bilhões até 2030, segundo estimativa da Research and Markets

Vamos entender por que o BPM vem ganhando tanto espaço e como funciona?

Continue lendo para saber:

  • o que é BPM (Business Process Management);
  • como implementar BPM no seu negócio;
  • e muito mais!

O que é BPM (Business Process Management)?

BPM (Business Process Management) é uma disciplina estratégica que estrutura identificação, modelagem, execução, monitoramento e melhoria contínua dos processos de negócio. Seu foco é alinhar operações aos objetivos organizacionais.

Em outras palavras, trata-se do gerenciamento de processos de negócios finamente arquitetado. Visando, principalmente, promover eficiência, redução de erros, automação inteligente e maior agilidade corporativa.

Por que o BPM é importante para as organizações?

Há algum tempo, o gerenciamento de processos de negócios (BPM) vem ganhando espaço na administração de negócios. Lá em 2016, a Gartner fez um levantamento entre seus clientes e descobriu que 80% deles obtiveram um ROI superior a 15% ao implementá-lo.

Estatísticas recentes reafirmam a relevância do BPM (Business Process Management):

  • 21% das empresas conseguem economizar 10% ou mais com otimização de processos, segundo a Bain & Company;
  • as companhias que incorporam práticas de BPM veem seu volume de vendas aumentar em 20%. Elas, na comparação com concorrentes que não têm essa estratégia, têm ganhos de receita superiores a 40%, de acordo com Fortune Business Insights.

A consistência desses números se explica pelo papel do BPM na integração de áreas e sistemas antes fragmentados. 

Basicamente, ao mapear fluxos ponta a ponta, elimina-se redundância de tarefas e reduz-se o retrabalho. Isso gera encurtamento de ciclos críticos como atendimento ao cliente, logística ou faturamento. O que aumenta a capacidade de resposta ao mercado. 

Essa eficiência operacional se traduz, no médio prazo, em vantagem competitiva mensurável. 

Outro ponto de destaque é o alinhamento do BPM com objetivos estratégicos. 

Quando os processos passam a ser monitorados e otimizados continuamente, decisões deixam de ser tomadas de forma reativa. Elas acontecem com base em dados acionáveis

Logo, fica mais fácil identificar gargalos antes que eles afetem indicadores-chave, como receita e margem. Além disso, a governança sobre processos facilita a adoção de tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, potencializando ainda mais o impacto financeiro positivo.

Quais são as principais vantagens do BPM?

Veja, a seguir, um detalhamento dos principais benefícios de implementar BPM (Business Process Management).

Transparência nos processos

O BPM facilita mapeamento e documentação de todas as etapas de um fluxo de trabalho. 

Essa visibilidade expõe responsabilidades e prazos. Logo, reduz falhas de comunicação e evita sobreposições. 

Com processos claros, gestores monitoram desempenho em tempo real e tomam decisões mais precisas para ajustar rotinas e priorizar entregas.

Aumento da produtividade

Ao orientar a padronização de atividades e eliminar etapas redundantes, o BPM otimiza o uso de recursos humanos e tecnológicos. 

Na prática, as equipes deixam de perder tempo com tarefas manuais e passam a focar em atividades de maior valor agregado. Isso encurta prazos de execução e possibilita escalar as operações sem comprometer a qualidade.

Redução de custos

Como consequência das vantagens anteriores, BPM (Business Process Management) reduz desperdícios e retrabalho. 

Isso porque o monitoramento contínuo facilita identificar gargalos que elevam custos, como etapas demoradas ou uso ineficiente de insumos. 

Em síntese, a padronização, aliada à automação, leva a operações com margens competitivas. Por extensão, orçamentos mais enxutos proporcionam crescimento sustentável.

Aprendizado e melhoria contínua

Por fim, a prática do BPM fornece indicadores e métricas que revelam padrões e tendências. Esses parâmetros servem de base para ajustes graduais e inovações. 

Inclusive porque essa estratégia abrange ciclos de revisão contínuos. O que leva a organização a evoluir seus processos de acordo com mudanças de mercado e novas demandas de clientes.

Como implementar o BPM (Business Process Management)? 

Confira agora um passo a passo para a implementação do BPM.

Passo 1: Estruturar a governança e definir escopo

O primeiro movimento para implementar BPM é criar uma governança sólida. 

Neste sentido, é fundamental formar uma equipe central dedicada, reunindo perfis de processos, tecnologia e áreas diretamente impactadas. Essa estrutura garante alinhamento estratégico e tomada de decisão ágil durante todo o ciclo.

Na sequência, o escopo precisa ser delimitado com clareza. 

Deve-se priorizar processos críticos que afetam metas como atendimento ao cliente ou faturamento. Dessa forma, evita-se dispersão de esforços e aumenta-se as chances de retorno rápido. 

É recomendável que esse foco inicial sirva como piloto para validações antes de ampliar a iniciativa para outras áreas.

Outro ponto relevante é a definição de papéis, responsabilidades e critérios de sucesso. Ela cria um ambiente propício para engajamento e accountability desde o início. 

Também é necessário estabelecer um cronograma com marcos de validação e mecanismos de reporte, permitindo ajustes conforme aprendizados surgem. 

→ A ideia geral é assegurar-se de que o BPM não seja percebido apenas como projeto pontual. Que ele se imponha como prática contínua integrada ao planejamento corporativo.

Passo 2: Diagnosticar e mapear o estado atual (AS‑IS)

Com a governança definida, inicia-se o diagnóstico para compreender como os processos realmente funcionam. 

Aqui a coleta de dados deve ser ampla. Combinando entrevistas, workshops e mineração de processos para captar diferentes perspectivas e métricas objetivas.

Nesse contexto, o mapeamento de processos é indispensável 

Ele permite visualizar entradas, saídas, responsáveis e interdependências em um fluxograma claro. Tudo para facilitar a identificação de gargalos, redundâncias e etapas que não agregam valor.

Além disso, o mapeamento expõe a realidade operacional e elimina percepções distorcidas que muitas vezes dificultam mudanças. Com as informações validadas junto às áreas envolvidas, produz-se um relatório consolidando problemas e oportunidades. 

→ Esse retrato do estado atual deve orientar todas as decisões subsequentes e garantir que o redesenho futuro responda a desafios reais.

Passo 3: Desenhar o modelo ideal e padronizar

Com base no diagnóstico, o próximo passo é projetar a visão de como os processos devem funcionar. Nesse desenho, fluxos são otimizados, desperdícios são eliminados e métricas de desempenho são definidas para orientar a execução.

A padronização se torna o elemento central dessa fase

Ao criar procedimentos uniformes, a organização reduz variações indesejadas, facilita o treinamento das equipes e prepara terreno para a automação. Processos padronizados também aumentam a consistência da entrega e simplificam auditorias futuras.

Para validar o novo modelo, recomenda-se realizar simulações de carga e cenários alternativos. Assim, é possível identificar falhas antes da execução real. 

Em paralelo, constrói-se um plano de capacitação alinhado aos papéis definidos e organiza-se um cronograma de rollout priorizando ganhos rápidos. 

→ Esses quick wins comprovam valor e estimulam a adesão das equipes para mudanças mais amplas.

Passo 4: Executar, monitorar e promover a melhoria contínua

Com o modelo redesenhado validado, inicia-se a execução. 

Essa etapa deve ocorrer de forma gradual, acompanhada de treinamentos práticos e suporte técnico para facilitar a transição. Nela, a comunicação clara sobre expectativas e resultados esperados ajuda a reduzir resistências e manter foco no objetivo.

Durante a execução, também tem papel decisivo o monitoramento e o controle 

Dashboards com indicadores de ciclo, custos e qualidade oferecem visibilidade em tempo real e permitem intervenções rápidas em caso de desvios. Com o acompanhamento facilitado por eles, garante-se que metas estratégicas continuem orientando as decisões diárias.

O ciclo de melhoria contínua se consolida com revisões periódicas

Nessas reuniões, equipes analisam dados históricos, identificam tendências e ajustam processos de acordo com mudanças no mercado. 

Por fim, registrar aprendizados e manter um repositório de boas práticas fortalece a maturidade organizacional. 

→ É fundamental que o BPM vá além de uma iniciativa isolada. Que ele se transforme em disciplina permanente, capaz de evoluir junto com as demandas do negócio.

BPM, BPMS e BPMN: Entenda as diferenças

Vale a pena se certificar de não confundir BPM com BPMS ou BPMN, já que cada termo se refere a um elemento distinto dentro da gestão de processos. 

Apesar de estarem relacionados, eles desempenham papéis diferentes na prática corporativa.

BPM (Business Process Management)

Em primeiro lugar, BPM (Business Process Management) é uma disciplina abrangente. 

Ele é um conjunto estruturado de práticas e metodologias voltado para descobrir, modelar, analisar, medir, otimizar e monitorar os processos de negócio. Seu foco está em resultados estratégicos. 

BPMS (Business Process Management Software)

Enquanto isso, o BPMS (Business Process Management Software ou Suite) é a tecnologia.

Por meio dela, possibilita-se a execução, a automação e o controle desses processos. Chega-se a um fluxo definido que, de fato, seja operacionalizado dentro da organização. 

BPMN (Business Process Model and Notation)

Já o BPMN (Business Process Model and Notation) refere‑se à notação padrão usada para modelar graficamente processos. Tudo de forma clara, precisa e compreensível – servindo de ponte entre analistas de negócio e desenvolvedores técnicos.

Dê uma olhada na tabela a seguir:

DIFERENÇAS ENTRE BPM, BPMS E BPMN

Termo

O que é

Função principal nas empresas

BPM (Business Process Management)

Disciplina de gestão e metodologia integrada

Orientar a descoberta, análise, melhoria, mensuração e controle de processos para gerar maior eficiência e valor estratégico.

BPMS (Business Process Management Software/Suite)

Conjunto de softwares para automação e execução

Executar os processos modelados, gerenciar fluxos, regras de negócio, formulários, orquestração e monitoramento em tempo real.

BPMN (Business Process Model and Notation)

Notação gráfica padrão composta por símbolos definidos

Documentar e visualizar fluxos de processos com clareza, alinhando equipes técnicas e de negócio e suportando a automação e mudança contínua.

Quais são os principais desafios na implementação do BPM?

Também não se pode ignorar os desafios enfrentados pelas empresas ao implementar o BPM (Business Process Management).

Aqui estão os principais e o que fazer para superá-los:

  • Resistência à mudança: colaboradores reticentes a novos processos por medo do desconhecido, perda de controle ou insegurança sobre seu papel.

→ Invista em gestão de mudança com comunicação clara, envolvimento desde o início, workshops e treinamentos que mostrem benefícios e gerem engajamento.

  • Falta de comprometimento da liderança: ausência de apoio da alta direção prejudica alocação de recursos, orçamento e priorização do BPM.

→ Apresente um business case robusto com ROI esperado, impactos estratégicos e alinhamento com metas; garanta participação ativa de patrocinadores executivos desde o início.

  • Compreensão limitada dos processos (modelagem deficiente): sem mapeamento claro ou documentação, erros são digitalizados; há descompasso entre processos reais e o que é modelado.

→ Realize levantamento estruturado com entrevistas, workshops e mineração de processos; documente fluxos completos antes de automatizar.

  • Recursos insuficientes (tempo, orçamento, equipe): projetos BPM demandam investimento em tecnologia, pessoas e expertise; a falta compromete escopo e qualidade.

→ Planeje orçamento e equipes, priorize iniciativas incrementais (quick wins) e considere apoio externo para acelerar a curva de aprendizado.

  • Alinhamento deficiente de objetivos: processos não conectados às metas organizacionais tornam o BPM irrelevante ou desalinhado com prioridades do negócio.

→ Vincule cada fluxo a um objetivo estratégico claro; use KPIs que reflitam impacto no resultado e valide expectativas com stakeholders.

  • Escolha inadequada de tecnologia BPM (BPMS): ferramentas desalinhadas com a maturidade da empresa ou com os casos de uso geram custos altos e baixa adoção.

→ Avalie tecnologias compatíveis com os processos e capacidade interna; faça provas de conceito e teste ambientes sandbox antes da decisão final.

  • Ambientes de teste e segurança inadequados: ausência de testes apropriados gera falhas, interrupções operacionais ou riscos técnicos críticos.

→ Crie ambientes sandbox controlados para validar desempenho e segurança; envolva especialistas de TI e automatize testes antes do go‑live.

BPM (Business Process Management) e Vendas B2B: alinhando estratégia e operação para crescer

Conectando decisões de alto nível com a rotina operacional, o gerenciamento de processos de negócios faz com que cada etapa da jornada de vendas seja conduzida com clareza e propósito.

Esse alinhamento elimina silos internos, promove colaboração entre áreas e garante que objetivos de receita sejam perseguidos de maneira coordenada. Sem desperdícios ou desencontros que, invariavelmente, comprometem resultados.

Talvez um dos grandes trunfos da prática de BPM (Business Processs Management) seja criar condições para que a operação comercial seja continuamente otimizada. Com isso, empresas conseguem acelerar ciclos de vendas complexas, aumentar previsibilidade e sustentar crescimento sem perder eficiência.


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