
Geração Z no Brasil: geomarketing nas estratégias de vendas
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Quem é a geração Z no Brasil
Muitos se referem a esse público como “geração TikTok”, por causa de sua grande presença nessa rede social. Mas não é só de vídeos, dancinhas e trends - termo usado para se referir a conteúdos virais - que essas pessoas vivem. Aliás, está longe de ser seu interesse principal. Devido à faixa etária, a maior parte da geração Z no Brasil está em fase escolar ou universitária, e esse é um dos aspectos mais importantes em seus hábitos e comportamento de consumo . E não é apenas o setor de ensino que deve levar isso em consideração na definição de estratégias. Quando se trata de geomarketing, este é apenas um dos inúmeros dados que podem ser analisados para elaborar ações : os estabelecimentos que existem no entorno das instituições, o trajeto que esses estudantes realizam e, inclusive, onde moram, estão entre as diversas variáveis a serem estudadas. A partir dessas informações, é possível aproveitar oportunidades e potencializar tanto o planejamento comercial das indústrias quanto a abertura de unidades no varejo.
O que a geração Z consome
Antes de implementar uma estratégia voltada a este perfil de consumidor, é necessário entender o que o diferencia de quem está em outras faixas etárias. Uma vez que a geração Z no Brasil cresceu em meio à ampliação do acesso à internet, houve - e há - uma exposição a diversas informações que chegam de maneira instantânea, diferentemente do que ocorreu com os jovens de décadas anteriores . Não por acaso, são pessoas que preferem a praticidade e a agilidade de fazer compras por meio de e-commerces (28%) ou formatos híbridos de consumo (36%), conforme dados da National Retail apresentados na pós-NRF, da ABF. Além disso, a preocupação com a saúde mental e física está entre suas prioridades. Um estudo realizado pela HBSC (Health Behaviour in School-aged Children) patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e divulgado pela CNN mostra que apenas 8% dos jovens de 18 anos consomem bebidas alcoólicas semanalmente - resultado que corresponde a um terço de quem tinha a mesma idade em 2006. Para empresas que investem nesse segmento de produtos, portanto, surgem oportunidades de vendas de águas, sucos, refrigerantes e energéticos. No entanto, não apenas neste, mas em qualquer setor que decida conquistar a geração Z no Brasil, é necessário ser cauteloso. Isso porque uma de suas principais características é o forte senso crítico em relação a tudo o que há ao seu redor. Se questões como sustentabilidade e diversidade soam desafiadoras aos seus pais, avós ou mesmo irmãos mais velhos, para os “gen Z” o compromisso com essas pautas é, muitas vezes, o pré-requisito para comprarem qualquer produto.
Cases no mercado
Mudanças de comportamento como essas estão entre os fatores que fizeram com que a grife Victoria’s Secrets , até poucos anos associada a roupas íntimas e modelos magras, brancas e altas, revisse sua marca. Após passar por problemas financeiros e fechamentos de lojas , a empresa passou a oferecer produtos plus-size e agênero, além de contratar para seu catálogo profissionais ativistas, empreendedoras e LGBTQIAP+. Caminho similar foi seguido pela Abercrombie & Fitch , conhecida ao longo de duas décadas por seus modelos masculinos jovens e sem camisa. Visando conquistar as novas gerações, também começou a investir em roupas mais largas, leves e, assim como Victoria’s Secrets, mudou a experiência do cliente que visita suas unidades. Já empresas como Burberry e Gucci , em meio à pandemia do coronavírus, decidiram rever seus modelos de produção e o impacto deles no meio-ambiente, aproveitando uma tendência entre os jovens em comprarem roupas consideradas “vintage”. Com isso, essas marcas apostaram em táticas como reutilização de recursos e venda de peças de roupas usadas, tendo como objetivo não apenas se reposicionar no mercado , mas também conseguir maior market share entre os gen Z. [caption id="attachment_9274" align="aligncenter" width="897"]
Onde encontrar esse público no Brasil
Afinal, como esses fatores se relacionam à inteligência geográfica de mercado? Isso é simples. Angariar novos públicos, especialmente quando eles demandam novas formas de produção - como é o caso da geração Z no Brasil - envolve muitos desafios. Em um cenário no qual surgem cada vez mais concorrentes grandes e pequenos investindo em formatos diferenciados de atendimento , uma loja não pode ser apenas um espaço onde as pessoas se direcionam para comprar um produto: ela precisa fazer o trajeto valer a pena. Os gen Z demandam que as empresas às quais colocarão seu dinheiro representem seus valores e gere identificação com autenticidade. E para isso, as estratégias de vendas e expansão precisam estar próximas de seu público, e descobrir nuances que vão além de um recorte geracional, entendendo questões como:- Qual a faixa de renda desse jovem consumidor?
- O quanto ele está disposto a percorrer até uma loja para comprar um produto?
- Que tipo de lugar ele frequenta (escola, shopping, parque)?

Conclusão
A geração Z no Brasil demanda às empresas formatos inovadores e socialmente responsáveis, os quais desafiam o cenário competitivo e de aceleração tecnológica visto pelo mercado. Para isso, dados precisos e profundos sobre essa parte da população - em conjunto com fatores geográficos - são fundamentais para a abertura de lojas de sucesso voltadas a este público. Ferramentas de inteligência geográfica são, portanto, imprescindíveis para compreender de maneira eficaz as melhores estratégias de expansão e vendas que pensem além do curto prazo. E a Geofusion possui os produtos ideais para isso. Fale com nossos especialistas e saiba mais a respeito: