Ciência de dados e Big Data: como usá-los para o monitoramento de marca

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Tempo de leitura: 6 min

Você vai ler sobre:

  • O que é ciência de dados e Big Data;
  • Como usar os dois conceitos nas Relações Públicas;
  • Como o monitoramento de marca pode melhorar as estratégias e processos do time de comunicação e RP.

Só em 2020 foram gerados 40 trilhões de dados, segundo a Gartner. Esse fato nos indica como a cultura analítica será cada vez mais importante para a sociedade. Dentro desse cenário, surgem conceitos como Big Data e correntes de estudos como a ciência de dados

Hoje, ambos podem ser vistos como a força motriz dos empreendimentos, de qualquer natureza ou tamanho. Isso porque, ao se unirem, contemplam todo o ciclo do uso de dados: da coleta à geração de insights.

No entanto, o que nem toda empresa sabe é que a ciência de dados e o Big Data podem ser importantes para um dos objetivos centrais das Relações Públicas: o monitoramento de marca. 

Você já se perguntou como a reputação ou a força de uma empresa em seu ramo de atuação podem ser mensurados através dos dados?

Se a resposta foi negativa, então, neste blog post, você descobrirá como esses dois conceitos modernizam e otimizam o trabalho de Comunicação.

Big Data: entendendo o termo

Em linhas gerais, o termo Big Data diz respeito ao grande volume de material gerado nos bancos de dados de servidores e empresas, que pode ser acessado e possui interligações entre si. Engloba, portanto, toda a coleta de informações sobre uma companhia ou um assunto relacionado à mesma.

Embora o uso de dados não seja novidade, é importante entender que estamos em um período no qual os produzimos em grande escala devido aos diversos dispositivos, smartphones e redes sociais que usamos diariamente. Portanto, ganha ainda mais relevância para as empresas.

Em resumo, o conceito de Big Data trabalha com 5 Vs

  • volume de dados coletados;
  • velocidade com que os mesmos são trabalhados;
  • variedade de formatos;
  • variabilidade na geração de informações;
  • vínculo entre o material levantado.

Por que trabalhar com Big Data nas Relações Públicas?

O Big Data tem como principal atrativo para as empresas a extração de informações preciosas do mercado, clientes, público-alvo e concorrentes. Quando trabalhadas com inteligência, é possível, então, extrair insights relevantes que podem colocar a companhia em uma posição estratégica em seu ramo de atuação. 

Por exemplo, se uma empresa data driven consegue identificar um assunto positivo que está em alta, pode não só associar sua imagem a isso como também verificar como seus concorrentes estão trabalhando o tema. Assim, consegue otimizar suas ações de comunicação e obter os melhores resultados possíveis.

O uso do Big Data aplicado às Relações Públicas favorece, portanto, a necessidade de ganhar mais share of voice  nas mídias que a concorrência e de fortalecer a marca aos olhos do público e do mercado.

O que é ciência de dados?

A ciência de dados, por sua vez, consiste em uma linha teórica e interdisciplinar sobre os dados coletados pelas empresas. Então, seu objetivo é estudar esses materiais, desde a captação, passando pela análise, até a aplicação. 

Hoje, é comum encontrarmos cientistas de dados em cargos de liderança ou no mesmo patamar. Isso porque, a aplicação estratégica dessa corrente de estudos nas organizações e nas áreas de Comunicação ajuda a:

  • gerar valor para os negócios;
  • entregar resultados de forma prática e objetiva;
  • garantir uma maior visibilidade da empresa na mídia;
  • mapear as ações da concorrência;
  • estreitar o relacionamento da companhia com seu público e com o mercado;
  • desenvolver uma comunicação mais assertiva.

Se você está se perguntando como isso funcionaria na prática, confira o caso de sucesso da utilização de dados de mercado para aprimorar estrategicamente a Comunicação do Banco S.A.

Ciência de dados e Big Data

Ciência de dados e Big Data aplicados ao monitoramento de marca

Agora que você já sabe o que significa Big Data e ciência de dados fica mais fácil compreender a relação entre os termos, certo? Um complementa o outro.

No campo das Relações Públicas, a ciência de dados e o Big Data são aliados em diversas frentes, mas talvez uma das mais importantes seja o monitoramento de marca

Isso porque esse processo engloba mapear diferentes canais e informações sobre a empresa, seus produtos e assuntos ligados ao mercado em que ela está inserida. Assim, enquanto o Big Data consegue coletar um grande volume de material relevante para esse propósito, a ciência de dados qualifica e analisa cada um deles.

Para tangibilizar esse argumento, vamos entender, então, como esses dois conceitos podem ser adotados nas rotinas dos departamentos de Comunicação:

1- Mensuração da reputação

Quase 65% dos executivos em todo o mundo atribuem o valor de suas empresas à qualidade da reputação. No Brasil, esse número chega a 76%, segundo a pesquisa “Reputação Corporativa 2020” da Weber Shandwick e KRC Research.

Portanto, se a área de Comunicação da sua empresa ainda não realiza um monitoramento de mídias data driven, você pode estar tendo a percepção equivocada quanto à saúde da marca. 

Como consumidor agora tem acesso a dezenas de canais para expor sua opinião, considerar no monitoramento não somente o clipping tradicional de veículos de comunicação mas também as mídias digitais é essencial.

Por isso, no mercado já existem ferramentas que aliam o Big Data e a ciência de dados para empoderar o trabalho de Relações Públicas. Com elas, dá para trabalhar com métricas e indicadores de reputação mais modernos, condizentes com o mundo atual.  

Confira dois exemplos 

Share of voice

Indica a fatia de menções da sua marca (ou produto) em relação ao seu segmento. Reflete, então, a participação da comunicação da sua empresa no mercado como um todo ou em relação a seus concorrentes. No entanto, trata-se de uma métrica quantitativa, que indica a visibilidade, independente do caráter do conteúdo. Saiba mais sobre ela aqui.

Índice de Promoção da Marca

O Índice de Promoção da Marca (IPM), por sua vez, é análogo ao NPS (Net Promoter Score), usado no Marketing, em que a pontuação resulta da subtração entre assuntos promotores e detratores, dividida pelo número total de assuntos. Portanto, fornece uma análise qualitativa das menções. 

Ciência de dados e Big Data

2- Brand Equity

Outro aspecto também relacionado à reputação corporativa e ao monitoramento da marca é o brand equity. Esse conceito se refere ao:

  • valor da marca percebido pelo seu público;
  • efeito provocado no consumidor;
  • nível de influência do público nos resultados da companhia.

Dessa forma, aqui são decisivos os valores intangíveis que fazem com que o cliente escolha a empresa entre as demais, independente do preço. Portanto, com um monitoramento integrado de mídias, os gestores de Comunicação e Marketing conseguem avaliar a força do posicionamento da sua marca em seu segmento de atuação.

Quando essa força é comprovada, fica, então, mais fácil direcionar estratégias, negociar transações e tomar decisões levando em consideração o brand equity da marca.

Em resumo, o monitoramento integrado permitido pelo uso de Big Data aliada e da ciência de dados permite: 

  • coletar feedbacks e interações nas redes sociais (inclusive da concorrência);
  • identificar influenciadores e formadores de opinião da imprensa que falam positiva ou negativamente da sua marca;
  • analisar as tendências que estão impactando determinado público e mercado;
  • comparar as transações de companhias semelhantes.

3- ROI

De nada adianta investir em ações de comunicação se o ROI não for mensurado de forma precisa, concorda? Afinal, é nisso que os CEOs estão interessados.

Prova disso é que 25% dos C-levels enxergam as complicações na hora de medir o impacto das ações de RP como o maior desafio do cargo. Além disso, 39% deles têm dificuldade de alinhar as métricas da área com as de vendas e outros KPIs essenciais. Os dados são da pesquisa 2020 Comms Report: Measuring Up to the Moment.

Qual é, então, a melhor forma de alcançar o nível de confiança e qualidade que os executivos procuram na comprovação de ROI? Novamente, a resposta está no uso de dados.

Sabendo disso, primeiramente, é necessário definir os objetivos da empresa para, então, compreender e analisar os diferentes tipos de ROI na Comunicação. Conheça-os e saiba mais sobre o assunto aqui.

Resumindo

Vimos o que significam os conceitos de ciência de dados e Big Data e, de forma prática, aprendemos como as Relações Públicas podem aproveitá-las para melhorar suas entregas e estratégias de comunicação. 

O uso de ferramentas que usam Big Data e ciências de dados permite, portanto, aos profissionais da área:

  • usar métricas e indicadores mais modernos para acompanhar a reputação da empresa;
  • fortalecer o brand equity da marca;
  • calcular o ROI para comprovar resultados para a liderança.

Logo, fica evidente que a rotina do profissional de RP passou por uma grande mudança e que o melhor caminho para acompanhar as novas demandas é usar os dados como aliados.


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