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Conservadores são 5 vezes mais engajados do que progressistas nas redes sociais

Written by Camila Esposte | Oct 28, 2022 6:57:44 PM

Um novo relatório analisando como os principais candidatos presidenciais reverberam determinados temas em suas campanhas aponta que as bolhas de influência conservadoras têm um engajamento mais forte nas redes sociais.

O relatório é o segundo elaborado pela Cortex com o segmento de Comunicação Estratégica da FTI Consulting sobre o cenário eleitoral brasileiro e analisou os resultados das pesquisas em comparação com a votação no primeiro turno. O material também abordou o relacionamento que o futuro presidente do Brasil deverá construir com o Congresso Nacional, além das estratégias de campanha  dos candidatos para ganhar as eleições.

De acordo com a análise, desenvolvida por meio da solução de Comunicação Estratégica e Reputação da Cortex, a bolha conservadora apresenta um engajamento 507,6% maior do que a progressista, indicando a força da mobilização digital dentro de setores mais alinhados com o presidente Bolsonaro. Entre os temas abordados na bolha conservadora, notou-se uma diminuição nas alegações de fraude em relação ao processo eleitoral, enquanto temas relacionados a valores conservadores como religião e aborto permaneceram em alta, assim como segurança pública e a corrupção.

Assim, corrupção tem sido um tópico relevante para todos os usuários de mídia social. Apesar de no início da campanha os conservadores mencionarem o tema de forma recorrente devido à associação entre Lula e as denúncias de corrupção durante a Operação Lava Jato, nas últimas semanas os progressistas passaram a falar mais em corrupção do que conservadores devido às acusações relacionadas ao “orçamento secreto” e ao suposto envolvimento de Bolsonaro e sua família em atividades alegadamente ilícitas.

Cláudio Bruno, Diretor de Inovação e Evangelismo na Cortex. e responsável pela criação do algoritmo que permite mapear temas, opiniões e seus efeitos nas bolhas de influência, alerta para a importância de entender os movimentos de grupos heterogêneos nas esferas públicas: “líderes de opinião e entidades políticas são públicos estratégicos e com grande poder de influência nas bolhas e, consequentemente, no debate público. Por isso, torna-se cada vez mais urgente para as empresas entenderem como cada um destes assuntos é reverberado por estes personagens nas esferas públicas de rede a ponto de impactarem o processo de formação da opinião pública.

Adriana Prado, Diretora Sênior e Líder do segmento de Comunicação Estratégica da FTI no Brasil diz que “considerando este cenário de incerteza, além da extrema polarização política vivenciada em todo o país, é importante que as organizações, especialmente aquelas fora do Brasil, compreendam como a complexidade do cenário eleitoral repercute socialmente. Dessa forma, esperamos poder ajudar as lideranças dessas empresas a tomar melhores

decisões de negócios e mitigar potenciais impactos reputacionais”.Para acessar a análise completa, acesse:

https://pages.cortex-intelligence.com/eleicoes-presidenciais-brasileiras-2022-segundo-turno