A gestão de estoque é vital para a saúde de uma empresa. Ela, quando bem executada, ajuda a garantir que raramente haja muito ou pouco estoque disponível, limitando o risco de rupturas e registros imprecisos.
Ela normalmente está dentro de uma estratégia maior, a gestão da cadeia de suprimentos, e é empreendida por gestores e analistas de logística. Sua importância reside no fato de o estoque ser um ativo que representa capital vinculado.
Agora, como realizá-la com maestria?
É o que vamos te mostrar aqui, detalhando os seguintes pontos:
Acompanhe!
Componente essencial da logística e da cadeia de suprimentos, a gestão de estoque envolve o controle e a supervisão dos produtos armazenados, garantindo que estejam disponíveis no momento certo e na quantidade adequada.
Trata-se de uma atividade que impacta diretamente os custos operacionais, a competitividade da empresa no mercado e até a satisfação dos clientes.
Basicamente, o objetivo principal de gerir estoques de maneira estratégica é manter um equilíbrio entre a oferta e a demanda. Com isso, evita-se excessos e falta de produtos, além de minimizar desperdícios e maximizar o capital de giro.
Também é interessante saber que existem diferentes tipos de estoques, como matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados.
Cada um deles requer uma abordagem específica de gestão. Por exemplo, matérias-primas precisam de uma previsão de demanda precisa para evitar faltas na produção.
Por outro lado, os produtos acabados devem ser geridos com foco na demanda do consumidor final.
Atualmente, é preciso unir tecnologias e métodos avançados para que a gestão de estoque seja bem realizada.
Isso porque a dinâmica do mercado exige rapidez e eficiência, além de controles rígidos de entradas e saídas de mercadorias dos armazéns, entre outras frentes.
Uma das ferramentas mais utilizadas na gestão de estoque é o sistema ERP (Enterprise Resource Planning).
Ele integra todos os processos, automatiza tarefas evitando erros humanos e fornece dados em tempo real, ajudando na tomada de decisões informadas.
Entre as técnicas de gestão de estoque, destaca-se o Just in Time, cujo objetivo é reduzir os estoques ao mínimo necessário.
Os produtos são recebidos apenas quando necessários para a produção ou venda. Isso diminui os custos de armazenamento e reduz o risco de obsolescência.
No entanto, essa maneira de gerir estoques requer uma coordenação precisa com fornecedores e uma cadeia de suprimentos eficiente.
Também o método ABC é comum na gestão de estoque. Nele, categoriza-se os produtos com base em sua importância.
Os itens A são os mais valiosos e requerem um controle mais rigoroso. Já os itens B são intermediários, enquanto os itens C são os menos valiosos.
Em síntese, essa categorização ajuda a focar os recursos de gestão nos produtos mais críticos.
Em linhas gerais, as companhias bem-sucedidas em gestão de estoque costumam experimentar vantagens como:
Veja, na tabela a seguir, um detalhamento dos principais elementos-chave da gestão de estoque:
Pilares da gestão de estoque | |
Previsão de demanda | Estimativa da quantidade de produtos que serão necessários para atender a demanda futura, usando dados históricos e análise de mercado. |
Monitoramento de entrada e saída | Acompanhamento contínuo do fluxo de mercadorias que entram e saem do estoque, garantindo precisão e atualizações em tempo real. |
Padronização de registros | Manutenção de registros consistentes e uniformes, facilitando a rastreabilidade e a análise de dados. |
Inventários atualizados | Realização de contagens regulares e manutenção dos registros de inventário atualizados para evitar discrepâncias e garantir a disponibilidade de produtos. |
Redução de perdas e desperdícios | Implementação de práticas e processos para minimizar danos, obsolescência e desperdícios, aumentando a eficiência e reduzindo custos. |
Bom relacionamento com a cadeia de distribuição | Comunicação eficaz e colaboração com fornecedores, distribuidores e outros parceiros para garantir um fluxo de mercadorias eficiente e confiável. |
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Selecione um local de armazenamento que facilite a logística de entrada e saída de mercadorias. Para tal, priorize proximidade aos fornecedores e clientes, reduzindo tempo e custo de transporte.
Também considere a acessibilidade para caminhões e veículos de entrega. E não esqueça de avaliar a infraestrutura do local para garantir segurança e condições adequadas de armazenamento.
Organize o espaço de forma que os produtos mais vendidos estejam em locais de fácil acesso.
Faça isso utilizando prateleiras, etiquetagem e sinalização clara. Dessa maneira, facilita-se a localização dos itens.
Além disso, mantenha corredores amplos e bem iluminados para permitir uma movimentação eficiente dos profissionais no armazém.
Utilize históricos de vendas e ferramentas de análise de dados para prever a demanda futura. Neste exercício, considere fatores sazonais, promoções e tendências de mercado.
Ajuste os níveis de estoque com base nessas previsões para evitar excessos ou faltas - e monitore constantemente as variações na demanda, pois isso vai ajudar a adequar suas projeções conforme necessário.
Classifique os produtos de acordo com a sua rotatividade (alta, média, baixa). Por exemplo, mantenha estoques maiores dos itens de alta rotatividade e menores dos de baixa.
Neste ponto, uma boa escolha é utilizar métodos como o FIFO (First In, First Out) para garantir que os itens mais antigos sejam vendidos primeiro, evitando perdas por vencimento.
Por fim, sistematize a reposição de modo que haja equilíbrio entre a disponibilidade de produtos e os custos de manutenção de estoque.
Para isso, você pode lançar mão de modelos como o Just in Time para repor produtos apenas quando necessário.
Além disso, estabeleça parcerias sólidas com fornecedores para garantir entregas pontuais e acompanhe os níveis de estoque em tempo real, de preferência automatizando pedidos de reposição para minimizar o risco de rupturas.
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O geomarketing é uma ferramenta muito útil para a gestão de estoque eficiente.
Ele permite a análise detalhada de dados geográficos, auxiliando as empresas a entender melhor o perfil dos consumidores de cada região, o potencial de consumo para diferentes mix de produtos e a frequência de pessoas que visitam esses locais.
No detalhe, a partir de análises de inteligência geográfica é possível otimizar a gestão de estoque compreendendo quem são os consumidores, seus hábitos de compra, preferências e comportamentos.
Dessa forma, é possível ajustar o mix de produtos de acordo com as necessidades específicas de cada região atendida.
O potencial de consumo para diferentes mix de produtos pode ser avaliado com precisão por meio de uma solução de geomarketing.
Isso cruzando dados demográficos e econômicos, entre outros, para prever quais produtos terão maior aceitação em cada área, algo particularmente útil para a implementação de estratégias de dropshipping, onde as empresas utilizam estoques de terceiros para atender à demanda.
Outro ponto é que essa informação ajuda a mitigar ou até evitar rupturas de estoque, que ocorrem quando produtos se esgotam e ficam indisponíveis para venda, gerando prejuízos financeiros e danos reputacionais.
Também na hora de estudar o mercado para encontrar fornecedores com quem firmar parcerias locais, o geomarketing é muito útil.
Por meio de visualização de mapas, é possível ir além da detecção de potenciais parceiros: definir territórios de atuação, delimitar prazos de entrega, entre outras frentes.
Isso além de aumentar a eficiência logística, também fortalece a relação com os fornecedores, criando um ecossistema de abastecimento mais resiliente e adaptável à dinamicidade do mercado.
O mapeamento de riscos logísticos é também muito facilitado pelo geomarketing.
Por exemplo, é possível identificar rotas suscetíveis a atrasos, problemas de segurança e eventos climáticos tornando o transporte - entrega e recebimento - de mercadorias eficiente.
Com o avanço tecnológico e os próprios movimentos do mercado, a análise de dados tem se mostrado vital na gestão de estoque.
Ferramentas analíticas permitem prever tendências de demanda, identificar padrões de consumo e ajustar os níveis de estoque conforme necessário.
Em uma instância ainda mais profunda, a análise preditiva pode evitar rupturas de estoque e reduzir excessos, otimizando o capital de giro.
Neste sentido, as companhias que melhor fazem essa gestão de estoque investem em geomarketing e outros métodos que as tornam altamente competitivas nessa área.
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