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Gestão de estoque: aprenda como fazer com eficiência

Escrito por victor.melo | May 21, 2024 3:00:00 AM

A gestão de estoque é vital para a saúde de uma empresa. Ela, quando bem executada, ajuda a garantir que raramente haja muito ou pouco estoque disponível, limitando o risco de rupturas e registros imprecisos.

Ela normalmente está dentro de uma estratégia maior, a gestão da cadeia de suprimentos, e é empreendida por gestores e analistas de logística. Sua importância reside no fato de o estoque ser um ativo que representa capital vinculado.

Agora, como realizá-la com maestria?

É o que vamos te mostrar aqui, detalhando os seguintes pontos:

  • o conceito de gestão de estoque;
  • por que, cada vez mais, fazer gestão de estoque com eficiência é um diferencial competitivo;
  • quais são os pilares da gestão de estoque;
  • como usar geomarketing para fazer gestão de estoque;
  • e muito mais.

Acompanhe!

O que é gestão de estoque?

Componente essencial da logística e da cadeia de suprimentos, a gestão de estoque envolve o controle e a supervisão dos produtos armazenados, garantindo que estejam disponíveis no momento certo e na quantidade adequada. 

Trata-se de uma atividade que impacta diretamente os custos operacionais, a competitividade da empresa no mercado e até a satisfação dos clientes.

Basicamente, o objetivo principal de gerir estoques de maneira estratégica é manter um equilíbrio entre a oferta e a demanda. Com isso, evita-se excessos e falta de produtos, além de minimizar desperdícios e maximizar o capital de giro

Também é interessante saber que existem diferentes tipos de estoques, como matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados. 

Cada um deles requer uma abordagem específica de gestão. Por exemplo, matérias-primas precisam de uma previsão de demanda precisa para evitar faltas na produção. 

Por outro lado, os produtos acabados devem ser geridos com foco na demanda do consumidor final.

Quais as formas de gestão de estoque mais usuais?

Atualmente, é preciso unir tecnologias e métodos avançados para que a gestão de estoque seja bem realizada. 

Isso porque a dinâmica do mercado exige rapidez e eficiência, além de controles rígidos de entradas e saídas de mercadorias dos armazéns, entre outras frentes.  

ERP

Uma das ferramentas mais utilizadas na gestão de estoque é o sistema ERP (Enterprise Resource Planning). 

Ele integra todos os processos, automatiza tarefas evitando erros humanos e fornece dados em tempo real, ajudando na tomada de decisões informadas. 

Just in Time

Entre as técnicas de gestão de estoque, destaca-se o Just in Time, cujo objetivo é reduzir os estoques ao mínimo necessário. 

Os produtos são recebidos apenas quando necessários para a produção ou venda. Isso diminui os custos de armazenamento e reduz o risco de obsolescência. 

No entanto, essa maneira de gerir estoques requer uma coordenação precisa com fornecedores e uma cadeia de suprimentos eficiente.

Método ABC

Também o método ABC é comum na gestão de estoque. Nele, categoriza-se os produtos com base em sua importância. 

Os itens A são os mais valiosos e requerem um controle mais rigoroso. Já os itens B são intermediários, enquanto os itens C são os menos valiosos. 

Em síntese, essa categorização ajuda a focar os recursos de gestão nos produtos mais críticos.

Por que é importante ter uma gestão de estoque eficiente?

Em linhas gerais, as companhias bem-sucedidas em gestão de estoque costumam experimentar vantagens como:

  • minimização dos custos de armazenamento, manutenção e obsolescência de produtos, otimizando o capital de giro;
  • aumento na satisfação do cliente, garantindo disponibilidade dos produtos no momento certo;
  • ganho da eficiência operacional, automatizando processos e reduzindo erros humanos;
  • otimização do espaço de armazenamento, evitando acúmulo desnecessário e facilitando acesso aos itens;
  • previsão e planejamento precisos com ferramentas de análise de dados;
  • melhorias no fluxo de caixa, liberando recursos financeiros de estoques excessivos;
  • redução de desperdícios, diminuindo produtos obsoletos ou expirados;
  • aumento da transparência e controle com visibilidade em tempo real dos níveis de estoque;
  • capacidade de resposta rápida às mudanças na demanda ou condições do mercado;
  • coordenação eficiente com fornecedores, garantindo entregas pontuais;
  • suporte a estratégias de Marketing e Vendas, com produtos disponíveis para atender a demanda;
  • elevação da qualidade do serviço, aumentando a precisão nos pedidos e reduzindo erros de envio.

Quais os pilares da gestão de estoque? 

Veja, na tabela a seguir, um detalhamento dos principais elementos-chave da gestão de estoque:

Pilares da gestão de estoque
Previsão de demanda Estimativa da quantidade de produtos que serão necessários para atender a demanda futura, usando dados históricos e análise de mercado.
Monitoramento de entrada e saída Acompanhamento contínuo do fluxo de mercadorias que entram e saem do estoque, garantindo precisão e atualizações em tempo real.
Padronização de registros Manutenção de registros consistentes e uniformes, facilitando a rastreabilidade e a análise de dados.
Inventários atualizados Realização de contagens regulares e manutenção dos registros de inventário atualizados para evitar discrepâncias e garantir a disponibilidade de produtos.
Redução de perdas e desperdícios Implementação de práticas e processos para minimizar danos, obsolescência e desperdícios, aumentando a eficiência e reduzindo custos.
Bom relacionamento com a cadeia de distribuição Comunicação eficaz e colaboração com fornecedores, distribuidores e outros parceiros para garantir um fluxo de mercadorias eficiente e confiável.

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1. Escolha uma localização estratégica

Selecione um local de armazenamento que facilite a logística de entrada e saída de mercadorias. Para tal, priorize proximidade aos fornecedores e clientes, reduzindo tempo e custo de transporte. 

Também considere a acessibilidade para caminhões e veículos de entrega. E não esqueça de avaliar a infraestrutura do local para garantir segurança e condições adequadas de armazenamento.

2. Monte um layout atrativo para as compras

Organize o espaço de forma que os produtos mais vendidos estejam em locais de fácil acesso. 

Faça isso utilizando prateleiras, etiquetagem e sinalização clara. Dessa maneira, facilita-se a localização dos itens. 

Além disso, mantenha corredores amplos e bem iluminados para permitir uma movimentação eficiente dos profissionais no armazém. 

3. Faça uma projeção de demandas

Utilize históricos de vendas e ferramentas de análise de dados para prever a demanda futura. Neste exercício, considere fatores sazonais, promoções e tendências de mercado

Ajuste os níveis de estoque com base nessas previsões para evitar excessos ou faltas - e monitore constantemente as variações na demanda, pois isso vai ajudar a adequar suas projeções conforme necessário.

4. Atente-se à rotatividade dos produtos

Classifique os produtos de acordo com a sua rotatividade (alta, média, baixa). Por exemplo, mantenha estoques maiores dos itens de alta rotatividade e menores dos de baixa. 

Neste ponto, uma boa escolha é utilizar métodos como o FIFO (First In, First Out) para garantir que os itens mais antigos sejam vendidos primeiro, evitando perdas por vencimento. 

5. Tenha um modelo de reposição adequado

Por fim, sistematize a reposição de modo que haja equilíbrio entre a disponibilidade de produtos e os custos de manutenção de estoque. 

Para isso, você pode lançar mão de modelos como o Just in Time para repor produtos apenas quando necessário. 

Além disso, estabeleça parcerias sólidas com fornecedores para garantir entregas pontuais e acompanhe os níveis de estoque em tempo real, de preferência automatizando pedidos de reposição para minimizar o risco de rupturas.

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Como o geomarketing auxilia na gestão de estoque?

O geomarketing é uma ferramenta muito útil para a gestão de estoque eficiente. 

Ele permite a análise detalhada de dados geográficos, auxiliando as empresas a entender melhor o perfil dos consumidores de cada região, o potencial de consumo para diferentes mix de produtos e a frequência de pessoas que visitam esses locais.

Compreensão precisa do perfil dos consumidores

No detalhe, a partir de análises de inteligência geográfica é possível otimizar a gestão de estoque compreendendo quem são os consumidores, seus hábitos de compra, preferências e comportamentos.

Dessa forma, é possível ajustar o mix de produtos de acordo com as necessidades específicas de cada região atendida.

Avaliação do potencial de consumo

O potencial de consumo para diferentes mix de produtos pode ser avaliado com precisão por meio de uma solução de geomarketing.

Isso cruzando dados demográficos e econômicos, entre outros, para prever quais produtos terão maior aceitação em cada área, algo particularmente útil para a implementação de estratégias de dropshipping, onde as empresas utilizam estoques de terceiros para atender à demanda. 

Outro ponto é que essa informação ajuda a mitigar ou até evitar rupturas de estoque, que ocorrem quando produtos se esgotam e ficam indisponíveis para venda, gerando prejuízos financeiros e danos reputacionais.

Parcerias com fornecedores locais

Também na hora de estudar o mercado para encontrar fornecedores com quem firmar parcerias locais, o geomarketing é muito útil. 

Por meio de visualização de mapas, é possível ir além da detecção de potenciais parceiros: definir territórios de atuação, delimitar prazos de entrega, entre outras frentes. 

Isso além de aumentar a eficiência logística, também fortalece a relação com os fornecedores, criando um ecossistema de abastecimento mais resiliente e adaptável à dinamicidade do mercado.

Mapeamento de riscos

O mapeamento de riscos logísticos é também muito facilitado pelo geomarketing. 

Por exemplo, é possível identificar rotas suscetíveis a atrasos, problemas de segurança e eventos climáticos tornando o transporte - entrega e recebimento - de mercadorias eficiente.

Conclusão 

Com o avanço tecnológico e os próprios movimentos do mercado, a análise de dados tem se mostrado vital na gestão de estoque. 

Ferramentas analíticas permitem prever tendências de demanda, identificar padrões de consumo e ajustar os níveis de estoque conforme necessário. 

Em uma instância ainda mais profunda, a análise preditiva pode evitar rupturas de estoque e reduzir excessos, otimizando o capital de giro.

Neste sentido, as companhias que melhor fazem essa gestão de estoque investem em geomarketing e outros métodos que as tornam altamente competitivas nessa área. 

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